Rudy Role Player Game - RRPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

+2
Henrique
Admin
6 participantes

Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Admin Seg Jan 30, 2012 10:01 pm

Aguardando so Backgrounds do pessoal...
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 170
Data de inscrição : 02/01/2012
Idade : 43
Localização : Campo Grande MS

https://rrpg.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Background - Akrohn, o que reflete a lua

Mensagem  Henrique Ter Jan 31, 2012 10:30 am

Não deixei os bosques a mais de dez minutos e já estou nauseado com os cheiros da cidade, desconfortável para mim e para os que passam, minha pele branca contrastando com a calça jeans surrada que guardo na floresta para casos como esse pareçem chamar atenção, é só ignorar, na minha terra natal não seria tão assustador ver um homem sem camisa no inverno. Um policial me olha com desdem e me começa a falar em inglês, não entendo nada, ele também não deve entender nada em ucraniano, uma veia saltada em sua testa parcialmente coberta pelo quepe indica que sua paciência esta se esgotando...

"I'm canadian..."

Um das poucas coisas que sei falar em inglês que parece explicar tudo que eles acham bizarro. O ponto de encontro esta próximo, foi para isso que atravessei a ponte da lua, extirpar a wyrm de seatle, e em nome de meus antepassados vou me empenhar ao máximo, mas antes, preciso passar neste ritual.

São dois meus possíveis companheiros de matilha e de cara percebo que não será fácil nosso relacionamento, ela uma fúria nitidamente desconfortável como eu, cheira a grama e canela, suas roupas também surradas, com resquicios quase imperceptíveis de sangue contam a infeliz história de algum fã de basquete que cruzou seu caminho. Ele impaciente, digita com raiva em um aparelho eletronico e constantemente olha para o relógio, já havia sido comentado que era um senhor das sombras mas nem precisava...Acredito que também não gostaram de saber que eu era um presa.

Vamos selvagens, o covil fica a poucos metros daqui, cinco minutos marca o GPS - Disse como se quisesse acabar logo com aquilo.

Um pouco a contragosto dessa suposta liderança presumida, seguimos pela rua atraindo a atenção de mais pessoas do que eu gostaria.

Vai confiar num senhor das sombras Akrohn, o nosso passado não lhe diz nada?

Não começe Ludiwig, preciso me concentrar para que nada saia errado, já estamos com dois filhotes impacientes, isso é quase como chutar uma colméia

A casa parece normal, uma pequena cerca de arame passa uma falsa sensação de segurança, sem dificuldades pulamos, o senhor das sombras examina a porta ao mesmo tempo que a fúria destroça uma janela com um soco.

O que está fazendo sua idiota?? Tente chamar mais atenção, talvez os vizinhos ainda não acordaram

Não engrosse a voz comigo seu macaco imprestável, ou arranco seu coração corrompido - Esbravejou a fúria fazendo com que as casas em volta começassem a acerder as luzes.

Temos que ser rápidos, se os vizinhos nos notaram nosso alvo já deve também

Ao entrar na casa já me concentro em rastrear o fedor pútrido do morto vivo, e a noticia não é boa, vem do porão, o senhor das sombras também fede a wyrm, instintivamente devo supor que bebeu algum veneno em bares ou fumou algum fedorento charuto humano...

Akrohn, algo está errado, nenhum alarme, poucos móveis, nenhuma tentativa de fuga, está de noite, este vampiro está acordado, que vampiro ficaria em casa quando três garous a invadem?? E um porão?? Você sabe que um lugar fechado e subterrâneo não é o cenário ideal para uma batalha

Sim eu sei, devemos ser cautelosos, mas não podemos recuar agora, se eles escapar só teremos outra chance de amadurecer daqui quatro meses

Procuramos por Valerius, aparentemente um vampiro poderoso, mas a força dele está em sua covardia, aparentemente corrompe e trafica informações em troca de dinheiro, por duas vezes já conseguiu escapar de matilhas inexperientes, por isso a cautela, porque um covarde aguarda a entrada de lupinos em sua casa?

Ele deve estar neste caixão - Aponta o senhor das sombras, para um caixão repousado no meio da sala, rodeado por espelhos, assim como quase todo o porão, espelhos e mais espelhos cobrem as paredes sem janelas.

A fúria quase que imediatamente transforma sua mão numa garra e vai em direção ao caixão, mas o cheiro não vem de lá, o cheiro está por toda parte, mas não está forte, parece mascarado, parece em outra sala...

O cheiro não vem daí...

Não consigo ao menos terminar a frase, uma garra atravessa meu torso expondo algumas entranhas, solto um ganido enquanto caio no chão e vejo a fúria se transformando aos berros de traidor.

Neste momento saem três homens de paredes falsas atirando, é prata, a fúria não teve chance daquela distância.

Agora se me dão licença, experimentarei o doce sabor da glória, que infelizmente ficará somente para mim - Disse o senhor das sombras enquanto torcia o pescoço da fúria.

Mesmo machucado parto para cima dele, já transformado mas também sinto o gosto da prata de meus inimigos, deitado, sem forças, vejo agora, o idiota do senhor das sombras sendo alvejado, inútil macaco, confiar em vampiros, minha visão aos poucos vai se apagando, ainda o vejo derrubar um dos mais jovens, mas o careca de roupas negras o imobiliza com algo que parecem ser tentáculos e lhe crava uma bala na testa.

Preciso de vocês mais agora do que nunca meus ancestrais, tudo falhou a wyrm, covarde e ardilosa corrompeu um nosso e sacrificou outro, tem alguém comigo?

Meu filho, sempre estamos aqui contigo, se você desistir agora, a wyrm e tudo que você luta contra prevalecerá, você não é um simples filhote, você é do clã dos dragões do gelo, levante-se e morra lutando, nosso sangue é mais forte que a prata de nossos inimigos, lembre-se do mote de nossa linhagem: "A luta de verdade só começa quando tudo parece perdido"

Henrique
Henrique

Mensagens : 38
Data de inscrição : 28/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Continuação

Mensagem  Henrique Ter Jan 31, 2012 10:37 am

As palavras de meus antepassados ecoam em minha mente e inflam meu orgulho, quando percebo a cabeça dilacerada de um deles já está na minha boca, o outro corre entre os espelhos e atira para trás desesperadamente, mesmo muito machucado o alcanço aos tropeços e consigo aplicar-lhe um golpe que dilacera seu braço, o medo já lhe tirou por completo a razão e eu vou saborear esse terror em seus olhos para sempre. Neste momento trevas começam a sair de todas as partes e tudo fica escuro, mas aquilo não é uma escuridão comum, é densa, é espessa e chega ao cúmulo de mascarar o cheiro do maldito, dificultando e muito sua localização, começo então a soltar golpes a esmo escutando espelhos se quebrando e o forro das paredes se rasgando, o cheiro então vai ficando cada vez mais fraco, até que tão rápido quanto veio, a escuridão se foi, assim como Valerius...
Henrique
Henrique

Mensagens : 38
Data de inscrição : 28/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Olof Morre-Cedo Von Dalin

Mensagem  Xattuman Sex Fev 03, 2012 9:28 am

Antes de o jogo começar vejo tudo em câmera lenta: A grama úmida abaixo dos meus pés exala um cheiro diferente, o cara de mais de cem quilos a menos de 2 metros de mim, a necessidade capturar meu alvo, meus companheiros em volta com o mesmo objetivo em mente, tudo me remete a um lugar que não consigo me lembrar, mas que não sai da minha mente.
Sinto meu coração acelerar, sinto cada batida enviando sangue para meu cérebro, meus músculos se incham por um segundo, o homem na minha frente parece relutante, vejo o suor escorrendo pelo lado esquerdo da face, nesse momento sei que ele não me impedirá de atingir meu objetivo, o medo é o pior dos inimigos.
Vejo algumas pessoas em volta, o frio afasta os espectadores, é uma pena, o povo comum precisa ser lembrado que existe gente melhor, maior e mais forte.
Um apito soa alto e longo e o silencio toma todo o estádio. Como se combinado com gaia a chuva ai pesada sobre meus ombros e um trovão explode solitário ao longe.
A sensação de já ter vivido tudo aquilo toma meu corpo, inconscientemente lembro-me de meu sonho da noite anterior. Tudo desaparece.
Não sou mais humano, sou selvagem, um gigantesco lobo cinza, acompanhando a matilha, seguindo o alfa. Nossas respirações são uma só, a batida acelerados do coração lupino inebria meu cérebro. Os cheiros são intensos e a floresta a minha volta emana tantos cheiros quanto às cores que já vi em toda minha vida. A presa aguarda, meus companheiros de matinha me observam e com um uivo longo e dissonante a presa parte.
Em seu rastro sigo, algo passa pela minha frente bloqueando-me e é derrubado como pluma pelo choque com meu pesado novo corpo. Cada passo parece tremer o chão da floresta congelada que estamos. A chuva que insiste em cair atrapalha minha presa e ela atrasa-se, outra coisa se choca comigo e sinto minha cabeça acertar friamente esta coisa e livrar-se de sua obstrução. Posso agora praticamente sentir a presa em minha mandíbula, falta apenas um pequeno salto e acordo.
Estou novamente no estádio e o apito soa novamente. Vejo embaixo de mim o corredor do time adversário e sinto um asco gigantesco, por que esses meninos de 50 quilos insistem em cruzar meu caminho e jogar o meu jogo? Olho para traz e vejo outros dois caídos esses sim valeram à pena a queda, e sei que foram esses foram os pobres que acertei. Foi mais um berseker, imagino. O sangue dos vikings correm tão forte na minha veia que ainda tenho esses ataques de fúria e inconsciência.
Dois meses depois parto da minha terra natal para outro continente. Sei que meus ancestrais já percorreram este caminho mais de forma gloriosa em seus barcos de dragão cruzando oceanos e destruindo quem atravessar o caminho, mas hoje neste avião me sinto preso. A claustrofobia me afeta bastante, preciso me acalmar e respirar melhor e este negocio de ficar calmo nunca foi meu forte.
Xattuman
Xattuman

Mensagens : 23
Data de inscrição : 18/01/2012
Idade : 40

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Continuação Olof

Mensagem  Xattuman Sex Fev 03, 2012 11:50 am

Maldita Seattle, malditos americanos fracos e sem história. Neste maldito novo colégio sou apenas o cara estranho da Dinamarca. Eles nem conhecem minha terra, não sabem da história, não compreendem que sou melhor que eles, mas será um prazer mostrar isso.
Nos primeiros seis meses consegui entrar para o time deste jogo afrescalhado que eles chamam de futebol americano. Isso é quase como brincar de boneca. Quem um dia jogou Rugbi com os pés cobertos de gelo e neve acha esse esporte muito cheio de frescura, muita proteção e pouco contato. No meu segundo jogo assumi a posição de Defensive Tackle. Parece que esses americanos idiotas nunca viram um homem grande jogando um esporte de contato e será um prazer quebrar o maximo de clavículas possível.
Mais um ano passou e os sonhos com lobos e florestas congeladas ficaram para traz. Estava me acostumando com a vida norte-americana e até gostando do calor que essa cidade tem. Porem um dia saindo do treino de futebol aconteceu.
Era um grupo de quatro caras, imagino que tivessem entre 20 e 40 anos, todos muito parecidos comigo, cabelos loiros barba por fazer quase ruiva e um olhar levemente perturbador. Mas nunca abaixei a cabeça para ninguém e por mais que eles fossem maiores, assim que me encararam tive que retribuir e quando fiquei olho com olho tive um momento de epifania e ainda olhava para o cara grande no centro, vendo novamente os lobos cinza correndo pelas florestas congeladas da Dinamarca dentro dos olhos dele senti um soco atingindo o lado esquerdo do meu rosto e sem seguida um coturno acertando meu estomago.
“Você envergonha nossa raça, seu moleque fraco e afetado” depois de ouvir isso tive que reagir. Era minha primeira briga nos estados unidos e sabia que seria a pior de todas. A certeza que iria apanhar não me abalou, o objetivo era que o maximo deles ficasse tão ferido quanto eu. Caído no chão girei minha perna derrubei o maior deles e este seria o alvo. Socos, murros, ponta-pés e tudo que se pode imaginar seguiu, só restou de mim sangue e suor. Mas posso garantir que aquele grandalhão de meia idade não irá me esquecer tão cedo.
Depois desse dia tudo mudou.
Os sonhos retornaram como nunca, os bersekes durante o futebol tornaram-se freqüentes e os encontros com o quatro grandalhões viraram rotina. Cada dia eu sentia como se tudo estivesse errado, como se aquela maldita vida não fosse o suficiente para mim e a única coisa que queria era ter de volta a sensação de neve caindo nos ombros e sangue escorrendo dos dentes durante um bom jogo de rúgbi.
Mais seis meses e fui expulso da escola. Os ataques de fúria incontrolável extrapolaram as linhas do campo e quando acertei a cabeça do idiota do professor de história no quadro negro por chamar meu povo de bárbaros ignorantes a expulsão foi inevitável.
Nesta mesma noite aconteceu o inevitável. No meio da noite, durante mais um sonho, quando estava correndo com meus irmãos lobos longe desta maldita cidade e sinto novamente um soco acertando minha boca e vejo os malditos quatro caras dentro do meu quarto falando que tinha chegado à hora de virar adulto.
Não ouso descrever como é tornar-se adulto entre os crias, ninguém fora tribo agüentaria ou mesmo aceitaria. Meu corpo e minha mente foram testados, meu sangue e minha história medidos. Tive cada osso do corpo quebrado e curado naqueles três dias longe de tudo na grande floresta negra. Sei que cheguei lá por uma porte da lua, passando por dentro da umbra, sei que tenho muito a aprender mas agora sou um Cria de Fenris a melhor das tribos, o presente do próprio Fenris para a mãe gaia quando seu filhos fraquejaram, a tribo que tem por obrigação testar os garous e comprovar se são fortes o suficiente para manterem este nome. Nós somos os punhos da grande mãe.
Depois disso retornei a Seattle e com a fúria da lua cheia dentro do meu espírito, os quatro crias que me despertaram tornaram-se minha família durante mais alguns meses me ensinado sobre ser um garou, sobre ser um Cria e contanto a história da minha família. Falaram de meus ancestrais, honra, dignidade e sempre no final da noite por algum motivo acabávamos todos nos engalfinhando e eu acabava dormindo sangrando. Até que em uma noite receberam outro garou que me explicaram depois ser um Silencioso, uma tribo estranha que não aprecia o bom combate. Este silencioso falou de muitas coisas, algumas que eu não compreendia e por fim informou que era a minha hora de honrar a grande mãe. Uma seita chamada mão de prata o aguardaria na manha seguinte, para o ritual de iniciação.
Naquela noite nenhuma canção foi entoada e nenhum uivo foi ouvido. Meus irmãos iriam partir de volta pra casa e eu iria honrar Fenris e toda a herança que corre em minhas veias aqui em Seattle. Eles me ensinaram que devo honrar o bando, que sem meu bando não sou nada, que o novo bando será minha nova família. Recebi de presente uma Harley Davidson 76 que pertencia ao nosso alfa, uma jaqueta velha de couro com o símbolo dos Crias nas costas do grandão que me engalfinhei no primeiro dia, duas pistolas, uma caixa de charutos cubanos e alguma grana para viver durante um tempo.
Naquela manha, quando acordei sozinho dentro do barracão da oficina abandonada que vivíamos senti o peso da falta do bando. Sem família, sem amigos, sem o bando para me apoiar subi na moto e parti rumo ao desconhecido, sabendo sempre que apenas uma coisa importa: a Honra.
Xattuman
Xattuman

Mensagens : 23
Data de inscrição : 18/01/2012
Idade : 40

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Qualidades e Defeitos

Mensagem  Xattuman Sex Fev 03, 2012 3:00 pm

Momentos Sombrios (Dark Moments) Defeito de 4 pontos
Você experimenta (ou não) momentos em que sua mente apaga, quando está sob grande stress ou defrontando uma derrota total. Sua mente fica negra, e você perde toda a consciência do que está fazendo. Algumas vezes você teme que esteja cometendo atrocidades nesses períodos —– assassinato, canibalismo, ou algum outro crime horrendo contra sua Tribo ou seus Parentes. Sempre que você descobre o que você fez, você tenta compensar como puder, mas às vezes você não faz idéia da natureza de seus feitos. Apenas aqueles à sua volta podem dizer-lhe... se sobreviverem.
A desvantagem Momentos Sombrios tem efeito cada vez que você tem uma falha crítica em Fúria ou Força de Vontade. Durante este tempo, o Narrador toma conta do seu personagem. Como jogador, você pode saber o que seu personagem está fazendo, mas o seu personagem tem amnésia. Essa desvantagem é mais apropriada para personagens Wendigo, mas Uktenas (ou Croatan) que tenham sido criados com Wendigos podem ser infectados com esta desvantagem pela exposição à abundância de Fúria dos Wendigo.

Primeiramente é específico para Wendigos mas acho que combina bem com minha história e remete aos momentos de bersekers que os Vikings tinham durante as batalhas. O que o grupo acha e se o mestre permite!

Berserks (Fonte Wikipédia)
Lendas contam que guerreiros tomados por um frenesi insano, conhecidos como Berserkir (singular; antigo nórdico), iam a batalha vestidos com casacos de pele de ursos, os de pele de lobos eram chamados de Ulfhednar ou Ulfhedir e atiravam-se nas linhas inimigas. O relato mais antigo sobre berserks está escrito em Haraldskvæði, um poema escaldico do século IX, escrito por Thórbiörn Hornklofi, em homenagem ao rei Haroldo I da Noruega. Não há relatos contemporâneos da existência dos berserks.

=D
Xattuman
Xattuman

Mensagens : 23
Data de inscrição : 18/01/2012
Idade : 40

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Resposta -

Mensagem  Admin Sex Fev 03, 2012 11:01 pm

Xattuman escreveu:Momentos Sombrios (Dark Moments) Defeito de 4 pontos
Você experimenta (ou não) momentos em que sua mente apaga, quando está sob grande stress ou defrontando uma derrota total. Sua mente fica negra, e você perde toda a consciência do que está fazendo. Algumas vezes você teme que esteja cometendo atrocidades nesses períodos —– assassinato, canibalismo, ou algum outro crime horrendo contra sua Tribo ou seus Parentes. Sempre que você descobre o que você fez, você tenta compensar como puder, mas às vezes você não faz idéia da natureza de seus feitos. Apenas aqueles à sua volta podem dizer-lhe... se sobreviverem.
A desvantagem Momentos Sombrios tem efeito cada vez que você tem uma falha crítica em Fúria ou Força de Vontade. Durante este tempo, o Narrador toma conta do seu personagem. Como jogador, você pode saber o que seu personagem está fazendo, mas o seu personagem tem amnésia. Essa desvantagem é mais apropriada para personagens Wendigo, mas Uktenas (ou Croatan) que tenham sido criados com Wendigos podem ser infectados com esta desvantagem pela exposição à abundância de Fúria dos Wendigo.

Primeiramente é específico para Wendigos mas acho que combina bem com minha história e remete aos momentos de bersekers que os Vikings tinham durante as batalhas. O que o grupo acha e se o mestre permite!

Berserks (Fonte Wikipédia)
Lendas contam que guerreiros tomados por um frenesi insano, conhecidos como Berserkir (singular; antigo nórdico), iam a batalha vestidos com casacos de pele de ursos, os de pele de lobos eram chamados de Ulfhednar ou Ulfhedir e atiravam-se nas linhas inimigas. O relato mais antigo sobre berserks está escrito em Haraldskvæði, um poema escaldico do século IX, escrito por Thórbiörn Hornklofi, em homenagem ao rei Haroldo I da Noruega. Não há relatos contemporâneos da existência dos berserks.

=D


Bom Dia.
O que eu posso dizer é que é um defeito do Livro de Tribo Wendigo Revisado. Normalmente essas qualidades são exclusivas para essas tribos. No entanto essa em particular não diz isso a respeito.
Por mim você pode pegar o defeito, no entanto devo avisar que o Efeito do Frenesi é bem similar. Sempre que alguem entra em frenesi, o jogador "perde" o controle do personagem e ele passa a ser "controlado" pelo mestre. Esse Defeito faz isso também, em algumas situações específicas.
Eu vou conferir "um bonus" para aqueles que me entregarem o background no forum até a data do jogo, portanto lhe passarei o que é o bonus no dia da sessão.
Aproveitando o forum, você pensou sobre o que eu disse de mudar seu augúrio ? Se voce quiser fazer o Galliard (como voce mesmo sugeriu anteriormente), fique a vontade, mas eu preciso saber disso ANTES da prox. sessão. Aguardo resposta.

Cheers!
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 170
Data de inscrição : 02/01/2012
Idade : 43
Localização : Campo Grande MS

https://rrpg.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Re: Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Gilda Sáb Fev 04, 2012 9:44 am

Diana Icra - Patas Vermelhas
Hominídeo; Philodox; Fúrias Negras

O treino terminou um pouco mais tarde do que o normal.
Tomou um banho rápido, não queria se atrasar para a noite que, certamente, o marido preparara. Estavam comemorando três anos de casados. Se conheciam a mais de treze anos, quando ele se mudou para perto da casa onde ela morava, pouco depois da mãe falecer. Ele fora seu primeiro amigo, namorado e amor.
O telefone celular tocou na bolsa assim que ela terminou de se vestir.
O atendeu esperando ouvir a voz dele, mas foi uma outra voz masculina, bastante conhecida, que escutou.
-Pai? – sorriu abertamente – Como o senhor está? A onde o senhor está? Faz tempo que não da noticias. – ele deu-lhe respostas evasivas antes de fazer suas próprias perguntas – Ah! Sim, estou a caminho de casa agora. Me atrasei um pouco por causa do treino. – mais alguns comentários – O que foi, está precisando de dinheiro?
Ela sabia que ele só ligava quando algo apertava, no fundo tinha raiva disso, mas o marido dizia para tentar entender. Deve ser difícil para ele ver que a filha conseguem ganhar mais dinheiro do que ele já fez em toda a vida. Mas constrangedor ainda ter que nos pedir ajuda quando precisa.
E ela tentava entender... Ela sempre tentava entender.
-Não tem problema nenhum, pai, eu posso mandar alguns dracmas para você. De quanto precisa?
Ele se despediu agradecendo-lhe e lhe chamando de docinho. Fez careta ao lembrar de como achava esse apelido falso, ela nunca fora um doce de pessoa.
O marido, ao contrario, a chamava de fera, pois ela defendia o que queria com unhas e dentes. Não era a toa que havia conquistado tantos campeonatos.
Minha fera. Era como a chamava.
Ele sim estava certo, havia uma fera dentro de si, adormecida, mansa ao lado dele. Ela podia senti-la, calma, tranqüila, mas não menos perigosa. Às vezes sonhava com as garras e os dentes afiados, pesadelos que lhe atormentavam desde muito nova. Mas ao acordar e vê-lo ao seu lado, a paz voltava a lhe encher o peito.
Saiu pela rua aproveitando a caminhada até sua casa. O tempo estava agradável em Athenas. Porém, algumas quadras a frente, um cheiro desagradável invadiu suas narinas como se o sangue estivesse saindo de sua própria carne. Um arrepio na espinha e a intuição gritando em sua cabeça lhe fizeram impulsionar a correr pelas ruas da cidade.
Não estava longe de casa, três quadras, no máximo, chegou lá em um terço do tempo que costumava levar para fazer aquele percurso.
Não precisou arrebentar a porta já aberta para entrar. Lá dentro, de deparou com a pior imagem de sua vida.
O marido tinha um rasgo que lhe cortava o estomago de ponta a ponta, mas ela não conseguiu perceber mais detalhes, no exato minuto em que o encontrou, ele olhou em sua direção.
Os olhos cheios de dor, mas principalmente de lamentação. Ela conhecia aquele olhar de desculpas. Desculpas por não cumprir a promessa que lhe fazia sempre que ela acordava com medo de perdê-lo. eu vou estar sempre com você.
Depois disso os olhos perderam por completo o brilho e ele se foi, deixando o corpo dilacerado cair sem vida no chão.
Ela não se lembra de muito mais do que isso. Apenas do ódio, da raiva, da vontade de estraçalhar o mundo com as mãos e da sua imagem no espelho quando silenciou o ultimo grito dos assassinos do marido.
Pelos, presas, garras, mas, principalmente, o olhar de uma mulher da qual fora tirada toda felicidade. Um olhar que acompanharia ela para o resto da eternidade.
Acalme-se a voz dele lhe inundou a mente, ou a lembrança do que ele falaria se a visse naquele estado os móveis não tem culpa, sabe.

***

Elas eram duas. Ou mais, não sabia. Lembrava-se apenas de duas.
Contaram-lhe que entraram na casa, a tiraram dali, a levaram para um lugar seguro. Mas ela não se lembrava de nada.
Esconderam as pistas do ocorrido, disseram. E só depois de uma semana, quando a consciência lhe retornou o corpo, é que ela foi entender o que fizeram.
As noticias da sua morte, em um incêndio desastroso estava estampada na foto do jornal de dias atrás, que jazia intacto na mesa do quarto que ela ocupava desde então.
A grande promessa do esporte grego e seu marido, único herdeiro da rica família Kaligaris foram encontrados mortos no incêndio devastador que aconteceu na mansão. Os corpos, carbonizados, mal permitiram reconhecimento.
Uma mulher negra, de dreds nos cabelos e brincos discretos, que cuidava dela desde então, entrou no quarto e pareceu indiferente ao percebê-la de pé, lendo com interesse o jornal.
-Resolveu reagir. Bom. – seria a única coisa que diria caso ela não inquirisse o que acontecera.
A negra colocou a bandeja com comida na mesa e a fez abrir na página do jornal que continha a matéria completa. Então apontou para a foto do homem de óculos escuros, com a expressão de pesar. Seu pai.
A legenda dizia “foi muito difícil fazer o reconhecimento, meu docinho não merecia morrer assim”.
-O que você quer dizer com isso? – perguntou novamente a mulher.
-Lá no fundo, você sabe. – foi a única resposta que teve.
E sim, ela sabia.
-A herança... – murmurou olhando a foto do pai, o ódio lhe subindo pelo sangue como um veneno - ... Ele queria a herança.
Foi o suficiente para que o eu monstro interno que segurara por tantos anos voltasse a aparecer.
Rasgou o papel em pedaços, e em seguida a mesa. Olhou na direção da mulher bufando de raiva. Rosnou. Mas, a imagem da outra se transformando lhe devolveu a consciência humana.
-Vamos, venha. – disse o mostro de dreds e brincos, ao perceber sua hesitação – Coloque sua raiva para fora.
-Não precisamos chamar mais atenção, Brenda. – resmungou outra mulher, essa ruiva, entrando no quarto também – voltem a forma humana, as duas. Agora.
Voltem a forma humana? confusa, olhou para o espelho mais próximo e se deparou com uma imagem que seria assustadora, se ela já não se tivesse visto assim diversa vezes, em sonhos.
Sonhando, era isso, ela devia estar sonhando. O pior pesadelo que já tivera.
Procurou a cama e sentou-se, tentando se acalmar. Mantenha a calma, mantenha calma, mantenha a calma. Repetiu mentalmente. E pareceu dar certo. Os pelos retrocederam, as garras e presas também.
As duas... fêmeas, a observaram voltar a forma humana com paciência.
-Muito bem. – disse a ruiva quando o fez – Sua mãe ficaria orgulhosa.
Ela voltou os olhos para elas, surpresa.
-Vocês conheceram a minha mãe?
A ruiva fez que sim.
-A muito para saber, criança. Você demorou bastante para se descobrir.
-Achamos que isso nunca aconteceria, na verdade. – rosnou o mostro com dredes em uma língua que não era o grego, nem nenhuma outra que ela conhecia. Mas, estranhamente, ela entendia.
-Brenda, volte a forma humana, sim. – pediu mais uma vez a ruiva.
A outra bufou contrariada.
-Não gosto da forma humana, sabe disso.
-Na cidade, forma humana. – responde a outra firme.
E contrariada a outra retornou a forma da negra que lhe trouxera o café da manhã.
-O que... o que você é? – perguntou.
-Eu não, querida. – disse a negra em tom cínico – Nós. Nós somos Garous. – a incompreensão continuou a iluminar o olhar dela, então a outra decidiu completar – Bom, os humanos costumam nos chamar de lobisomens.
-O que?!

***

O tempo passou. E ela aprendeu a viver sua nova realidade.
Foi ensinada sobre o que era, sobre sua tribo, sobre sua descendência, sobre a luta eterna por Gaia.
Deixar o pai impune foi a parte mais difícil. Meios legais não eram uma opção. Trazer a tona a verdade sobre aquela noite seria revelar o que ela se transformou no momento de fúria e como ela acabou com os assassinos do marido, que ainda estavam lá, a esperando, quando chegou.
Suas novas companheiras, as quais ela descobriu que eram muitas em seu país, acharam melhor que ela fosse enviada para a terra da mãe. Que seguisse seus passos na formação de uma Fúria Negra honrada.
Antes do final do mês ela desembarcou nos Estados Unidos, com o passaporte falso que trazia o nome da nova pessoa a qual ela se transformara. Não mais a desportista grega Helena Onassis, e sim Diana Icra, uma Garou em treinamento.
Novo nome, nova identidade, outra vida.
Ela nunca soube muito sobre a mãe, que morrera cedo. Mas sabia que haviam parentes do outro lado do oceano.
Foi com eles que se abrigou nos primeiros meses, mais precisamente com um casal de primos gêmeos, Jack e Jane, até conseguir emprego e poder se manter sozinha. Os dois, extremamente brincalhões e divertidos.
As irmãs de tribo, americanas ou mesmo as gregas, não gostavam muito da sua proximidade com ummacho, o olhavam torto sempre que se encontravam. Jack não se importava muito. Achava graça do feminismo exacerbado das amigas dela. Mas, segundo ele, estava acostumado.
-Todas as mulheres da família são esquentadinhas. – brincava – Se eu tivesse medo de cara feia e grunhido, tinha morrido no berço.
Jack e Jane sabiam sobre os Garous, eram filhos de uma Fúria que morrera em batalha. Uma prima de sua mãe, pelo que entendera da história. Ela era meiga e doce, ele era engraçado e divertido, responsável pelos seus primeiros sorrisos e gargalhadas nessa nova vida.
Mas Helena... não, Diana tentava se manter afastada. Não era seguro, diziam as outras.
Arrumar o emprego como professora de educação física fora o primeiro passo para poder se manter sozinha e sair de perto deles.
Sozinha, as lembranças do marido eram mais difíceis de refrear. Mas, de certa forma, isso era bom. Não queria se esquecer jamais da dor que sentira, nem do ódio pelo mandante do crime.
Seu pai hoje desfrutava os bens que eram por direito dela e, esse dinheiro o fazia um homem mais perigoso ainda. Ela acompanhava seus passos de longe, com ajuda das irmãs que deixara na Grécia.
E mesmo que sua mentora dissesse para ter cuidado com vinganças, um dia, quando estivesse pronta, ela ia fazê-lo pagar pelo que tirara dela.

Nome Verdadeiro: Helena Onassis Kaligaris
Nome pai: Fídias Onassis
Nome mentora: Ruiva - Ida Aagje


Última edição por GildaBrasil em Sáb Mar 10, 2012 9:30 am, editado 4 vez(es)
Gilda
Gilda

Mensagens : 62
Data de inscrição : 27/01/2012
Idade : 47
Localização : Na frente do computador

http://gildabrasil.deviantart.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Background John "Pinho na sombra" Kovacks

Mensagem  Marcelo Oliveira Sáb Fev 04, 2012 2:58 pm

Nome : John Kovacks Idade:19 - Ragabash/Roedor de Ossos

-Há! Querem saber porquê faço isso?ainda não lhes contei a história? Bom,mesmo sabendo que estão ,a maioria bêbados ou são meio loucos de nascença contarei assim mesmo...

Sentados em volta de sua fogueira improvisada , estão alguns mendigos , em especial um deles , que apesar de ter as mesmas vestes sujas e estragadas dos outros , emana algo que o faz se destacar de todos aqueles mendigos , algo feroz ou um tanto estranho , seu nome é ,ou melhor , o nome o qual escolhera era John Kovacks , ele , apesar de nunca ter conhecido seus pais e praticamente ter vivido nos becos de Seattle possuía esse “algo” que o diferenciava dos de mais.

-Aquela história doida sobre lobisomens e quando você se tornou um maluco psicopata ?Ha,ha,há,você não espera mesmo que acreditemos nisso não é?

-Bom,acreditem se quiserem , mas pelo menos fiquem quietos e me ouçam seus fedorentos ; como sabem ,mas provavelmente não se lembram , eu , bem , me transformei , assim como ele disse , em um maluco psicopata .

Bom, desde que me lembro,sempre morei nas ruas,nunca tive uma casa ,pais,irmãos e essas coisas , vocês sabem ... , e assim como vocês também já vi todo tipo de coisa que acontece nas ruas, prostitutas , ladrões , psicopatas , assassinos e coisas ainda piores , mas , por algum motivo , que talvez até prove que sou louco , mas todos sempre pensamos em ser “ justiceiros” , mas somente eu tive coragem de fazer isso , mesmo que isso me leve a fazer coisas que seriam quase certas de que me levariam á morte ou que seriam consideradas sem sentido ou totalmente inúteis , por isso tento sempre fazer justiça com minhas próprias mãos ... ou balas ...

Mas sei que não é só isso que querem saber , querem saber sobre o que aconteceu com aquele assassino misterioso que eu encontrei não é , bom , ele era um assassino um tanto estranho,ele sumia com suas vítimas ,que só desapareciam á noite , eu fui explorar o possível esconderijo desse assassino,quando entrei em sua casa,me surpreendi com o que encontrei, todas as vítimas dele , que supostamente estavam mortas , estavam lá , vivas,mas , com um olhar diferente , como se estivem olhando para mim como sua presa , elas tinham uma força extrema,com apenas um empurrão conseguiam me jogar de um lado para o outro da sala , não conseguia sequer tentar lutar contra elas, todas pareciam ser somente alguns anos mais velhas do que eu,o que não explicaria o motivo de sua força , quando tudo parecia perdido, subitamente ouço um barulho de algo se quebrando , uma criatura negra que fez esse barulho ela pulou pela janela do local aonde estávamos,essa criatura , que parecia não ter medo de meus inimigos começou a atacar, ou melhor, a destroçar um por um , quando só restávamos eu e ele, a criatura parece diminuir de tamanho, mas ainda assim,continuava mais alto que eu , a criatura pega algo de ao que parece uma bolsa que estava em sua cintura e me joga uma arma 9mm , assustado por nunca ter usado uma dessas tentei entender o que estava acontecendo,se eu iria morrer , se ele era o tal assassino,se ele iria me ajudar ,não sei , mas enquanto pensava e analisava o que estava acontecendo,percebo que a criatura parece sentir o cheiro de algo e logo aparenta estar nervosa,ele sai correndo na casa perseguindo o tal cheiro , e me faz um sinal para segui-lo , o medo que sentia naquela hora me fazia ficar travado,não queria seguir a criatura mas também não queria ficar ali parado esperando a morte me pegar , quando sigo a criatura até o porão , vejo uma figura esguia e que exalava um odor de coisa podre , a criatura negra que estava em minha frente, sem pensar , avançou em direção ao homem que estava ali,parado,de costas para nós,o homem ,é derrubado pela criatura,que arranca um de seus braços á mordidas , mas algo parecia queimar a criatura pois logo que estava com o braço em sua boca fez um barulho de dor,algo que consegui identificar como um uivo mas como se estivesse sofrendo,logo solta o braço mas é jogado muito próximo a mim , o homem,agora sem um braço,se volta para nós e vem andando lentamente em minha direção enquanto a criatura,tão próxima á mim ainda se debatia de dor , vendo que o homem se aproximava de mim conseguiu atirar algo que parecia ser uma faca ou algum pedaço de metal que atingiu a perna do homem,que deu um grito de dor estridente , quando finalmente o “homem” estava tão perto de mim,consegui ver seu rosto,era um rosto demoníaco,que me causava um medo irracional e desesperador , sem pensar , com o medo me dominando consegui disparar 3 vezes, 2 de meus tiros foram certeiros , 1 em seu ombro e o outro em seu joelho, a criatura, ao que aparentava sentira a dor e se ajoelhou,neste momento,em seu ultimo esforço , a criatura que estava ao meu lado conseguiu se levantar e arrancar a cabeça do homem que enquanto havia sua cabeça arrancada ainda olhava para mim,com uma feição de ódio e desespero , a criatura que agora segurava a cabeça do homem , estranhamente me passava uma sensação tranqüilizante ,agora que conseguia analisar a criatura,percebi que parecia um lobo gigante em forma de humano ou vice-versa , ele me explicou sobre o que eu era , um Garou ,palavra que até agora me era desconhecida ele me explicou o que ocorrera,me explicou que aquele era um vampiro,um inimigo de nossa raça,não a raça “humana” mas sim inimigo dos Garou,inimigos mortais, e que se não fosse por ele aquela noite, a chance de eu estar morto hoje era certa , me ensinou sobre nossas formas e transformações e me disse sobre o ritual,o qual teria que passar para ser reconhecido como um Garou , ritual este que iria ocorrer no próximo mês e que não deveria ignorar o fato de ser Garou , que esse era meu ser inteiror e que eu deveria aceitá-lo.

-Bom é isso meus amigos,era essa história que vocês queriam ouvir?

-Aaaah para de mentir , quer que acreditemos nesse conto de fadas que você inventou é?

- Eu já disse,acreditem se quiserem mas foi isso que ocorreu,o ritual será daqui á 3 dias , se eu não retornar ... bom ... foi bom conhecer vocês, agora me deixem em paz,quero dormir um pouco ... ah , e se quiserem uma prova e só olharem para essa pistola,foi com essa mesma que consegui ferir o vampiro que quase me matou ... e , bem , não me acordem mais,quero descansar um pouco .
Marcelo Oliveira
Marcelo Oliveira

Mensagens : 5
Data de inscrição : 19/01/2012
Idade : 28

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Background - Lisa McGleen

Mensagem  Andrea Sáb Fev 04, 2012 3:40 pm

Final de 1995
A cidade não dormia, não aquela cidade, enquanto na maioria das cidades dos Estados Unidos naquele horário começava o toque de recolher, ali era hora de sair para curtir. Em outros lugares os pássaros voltavam para seus ninhos, os grilos faziam uma orquestra e as crianças estavam na cama. Mas, não ali. Aquilo era New York, a cidade que, como um zumbi nunca dorme, nem de dia, nem de noite.
Ela vagava agora perdida em lembranças, em sonhos estranhos e gritos, quinze anos, tinha recentemente feito quinze anos é vagava nua, toda suja de sangue e totalmente desorientada pelo horror que havia visto, ou havia feito? Não, ela não podia ter feito aquilo, não sozinha.
A cidade de New York não dormia, mas, no bairro do Brooklyn era diferente, um amontanhado de apartamentos velhos, quadras sujas de basquete, ruas escuras e pouco iluminadas. Não era seguro andar por ali à noite, na verdade, naqueles becos afastados, nem de dia. Muito menos nua.
Ela ouvia tudo. Como podia ouvir tudo? O sangue latejava em suas veias e o coração parecia entalado no meio da garganta, e aquele cheiro horroroso. O que era aquele cheiro? Já sentira antes, quando tudo começou a ficar esquisito, quando os pesadelos começaram, aquele era o cheiro de Mark Clarkson, o garoto branquelo que andava com os break bones, mais uma ganguezinha da cidade que estava ganhando fama de alguma forma.
No começo o garoto parecia legal, não ia a escola, não aparecia nas quadras ou nas praças, mas, quando o sol começa a baixar ele saia da caverna.
O pessoal o chamava de bats, assim mesmo no plural, às vezes ele era visto com uma galera parecida com ele, brancos, retardados e violentos, os bats, esse pessoal aparecia e sumia rapidamente, é quando o Mark ficava sozinho. Bom, ele continuava sendo o bats.
Mas, porque lembrava-se dele agora? Seus pensamentos estavam confusos ou era aquele maldito cheiro. Porque o bats fedia daquele jeito? Pessoas legais não deveriam feder tanto.
Ele não fedia quando se conheceram. Não eram amigos, é verdade, nem eram da mesma gangue, mas havia um acordo entre seus lideres que estavam tentando juntar as duas, e alguma semanas antes disso acontecer os sonhos vieram, e o bats começou a feder.
Foi quando ela convenceu Chris a não juntar os grupos, não sabia por que, mas, não queria mais a companhia dos break bones com os Empire Kings.
E foi melhor assim. Logo descobriram que a Bloods podia estar de alguma forma financiando a break, é aquele território era da Crips. Eles não queriam estar no meio daquilo, não queriam estar nem perto quando a guerra começasse, aquelas não eram simples gangues de rua, não era gangues de amigos desajustados que se juntaram para se proteger, eram super gangues, cheia de gente barra pesada como traficantes.
Mas o bats continuou sendo uma espécie de colega que aparecia de vez em quando, ele era legal, mas uma alerta em sua cabeça dizia o tempo todo que algo estava errado com ele. Ou será que algo sempre esteve errado com ela?
Na última semana ela estava um lixo, o pai morrerá assassinado a menos de um mês, logo depois dos sonhos começarem, e era ele quem ajudava, agora, bem, ela se afundava na gangue, nas festas, no álcool, no sexo e nas drogas.
E explodia atoa, quase matou uma colega de escola, de tanto bater, por uma brincadeira, se o Chris não a tivesse segurado, e depois ameaçado a menina pra não contar. Queria atirar em tudo também, após a morte do pai, mexendo em suas coisas ela encontrou uma S&W38 e meia caixa de munição.

Dentro da caixa havia algo surpreendente. Bala de prata. Chirs havia lhe ensinado a atirar, e vivia lhe prometendo uma arma, mas, a achava muito estourada para ficar andando armada por aí.
É na última semana estava pior e tudo tinha cheiro de bats. O cigarro, o whisky, até o dj e sua aparelhagem.
Por isso ela começou a achar que estava grávida, era só o que faltava, mais uma adolescente burra e grávida no bairro, naquela manhã foi ao hospital e fez um teste de gravidez.
Precisava encontra uma explicação para tudo, se aquele cheiro que a enjoava era isso, ou uma doença que causava os ataques de raiva, pesadelos, talvez o ódio pelo que aconteceu ao pai, as drogas, a raiva da mãe que mais uma vez não estava em casa quando o pai se fora.
Estava em outro lugar, numa cidade chamada Wyoming, provavelmente visitando o Zé Colméia. A mãe tinha uma mania terrível de se meter no mato.
Quando criança ela até gostava de correr pelos parques de New York City, mas agora, sabia tanto de como era uma floresta quanto as árvores do Central Park. Em sua última visita ao Central Park a mãe havia lhe dito que aquele era o seu favorito, quando você entra lá, imagina que os nova-yorkinos, tiveram o bom senso de preservar uma de suas áreas selvagem.
Besteira, parece natural, ele é, na verdade, ajardinado quase inteiramente e contém diversos lagos artificiais, trilhas para caminhadas, duas pistas de patinação no gelo, um santuário vivo e campos diversos de coisas criadas artificialmente. Ela lhe ensinou isso, disse algo como, “os que andam no asfalto também sabem colocar um pouco de verde em suas selvas de pedra quando querem. “ Ela não entendeu, não ainda.
Pensar na mãe naquela situação também não era agradável, ela virou mais uma rua, tentando se orientar, tentando ir por lugares desertos, mas, teve a impressão de ouvir vozes.
Vozes, pensamentos e lembranças que ficavam aparecendo, desconexos e sem sentido, ou haveria sentido naquelas lembranças todas.
Um vulto, algo enorme passou rápido perto do poste de luz na rua lá atrás, projetou uma sombra enorme e assustadora, parecia um cachorro perdido, mas grande demais para um cão, se pegou pensando que era a distancia da luz que fez aquele jogo de sombras, algum cachorro provavelmente havia sentido o cheiro do sangue.
Ela sonhará a pouco que garras cresceram em suas mãos, pelos pelo seu corpo e tudo se apagou, e aquele horror.
Não era verdade, a vida não é um filme de terror , essas coisas só existem em clips do Michael Jackson, se obrigava a pensar. Mas porque estava nua?
Quando ela entrou em uma viela sem saída tentou voltar, mas, era tarde, um lobo enorme estava em sua frente, se é que aquilo era um lobo, nunca tinha visto algo tão grande como ele. Então era isso, ele matou todo mundo, ou ela enlouquecerá de vez.
O monstro deveria terminar o serviço. Foi quando ele falou, ou uivou. Seu sangue congelou nas veias imediatamente, aquilo, aquela coisa falava, e pior, ela entendia.
O lobo gigante começou a se contorcer e seus ossos foram mudando e diminuindo, a cena era apavorante, ele estava mudando, e virou um homem! Vestido com uma grande sobretudo bege e com uma escopeta nas costas. Ela teve dois pensamentos, um filme antigo que assistiu com o pai e a arma com bala de prata que estava em casa. Ele sabia, o pai sabia! Será que foi isso que o matou?
- Achei você Lisa...
-Tio Jim? – Foi demais, tudo escureceu.
...
Lisa MacGlenn acordou em sua cama, usava sua camisola de bichinhos de pelúcia, não estava nua, nem suja de sangue, seus amigos não estavam mortos em uma rua deserta do Brooklyn dilacerados por um lobo gigante. Aquilo tinha sido mais um sonho esquisito.
E a coisa mais estranha em seu quarto era aquela camisola de ursinho, que ela não usava a meses, desde que começou seu namoro com Chris, um garoto de dezessete anos, líder de uma gangue que aterrorizava no colégio onde eles estudavam.
Começava a sentir um pouco de alívio quando sua mãe entrou no quarto, com uma expressão séria, um misto de aflição e tristeza. E a enfermeira Julia atrás, uma grande amiga de sua mãe que trabalhava no hospital que ela havia ido pela manhã.
Julia trazia nas mãos um envelope do hospital, aquilo era? Não, Julia não podia ter trazido seu teste de gravidez para a mãe, aquilo era confidencial, ninguém podia pegar aquele documento sem seu consentimento.
Merda! Foi o único pensamento. Ela tinha que abrir sozinha e dependendo do resultado conversar com Chris. Por isso o rosto de aflição da mãe? Como poderia, o envelope continuava lacrado pelo que ela viu.
- Precisamos conversar com urgência antes que eles cheguem. - foi o que a mãe disse. Ela abriu a boca para explicar ou brigar com a mãe por ter invadido sua privacidade, mas, não chegou a dizer nada.
Seu tio Jim entrará no quarto naquele instante, e todo o seu alívio de que aquilo tivesse sido o seu pior pesadelo e mais real de todos passou naquele instante.
Ele não podia estar ali, ele morava muito longe de New York, detestava a cidade e ela sonhará. Será que sonhará?
O que aquele fazendeiro estava fazendo ali? Se ele estava ali é o que viu era real significava que o lobo também era e que, Chris estava morto. Foi dominada pela raiva e sentiu quando sua camisola começou a se rasgar, a as mãos da mãe e de Julia segurando-a
Estamos aqui para protege-la, era o que dizia cada olhar. O rosto da mãe a acalmou, então ela olhou para as próprias mãos e gritou.
...
A mãe contou a história, que ela ouviu quase sem respirar ou acreditar. Eles eram de uma linhagem antiga, não eram humanos. O termo que a mãe usou foi garou, o que ela ouviu foi lobisomem. O pesadelo saindo do filme o lobo do Jack Nicholson.
A mãe era um lobisomem, assim como o tio Jim, mas a tia Emy era normal, ela nunca contou nada a Lisa por insistência de seu pai. Queria que a menina tivesse uma vida normal se por acaso ela fosse como Emy e nunca se transformasse.
Ela concordou, achou que a estaria protegendo da tal coisa com nome estranho que eles caçavam. Na noite da morte de seu pai ele ligou para Eileen e contou sobre os pesadelos e contou das reclamações obre o cheiro e sentidos estranhos que a menina vinha reclamando sentir cada vez mais.
Ela não voltou pra ajuda-la por pedido do próprio Thomas, ele pediu para que ela encontrasse um local seguro, precisavam sair de Nova York, porque algo estava se aproximando. Ela terminou a missão com sua matilha e foi atrás de um novo lar.
Encontrou, mas, a Wyrm, encontrará Lisa e Thomas antes e ele acabou morto. Ela chegou cerca de um minuto tarde, atravessou a umbra, e Thomas morreu em seus braços. A Matilha a tirou do local, ela não deveria estar ali, ela deveria estar do outro lado dos Estados Unidos. Por isso, não estava lá quando deram a noticia a Lisa e só chegou no dia seguinte. Ela contou isso a filha em meio as lágrimas.
Para Lisa saber que o pai não morrerá sozinho naquele beco imundo era um alivio, mas, não mudava o ódio que crescia dentro dela, e nem o fato de que ela não estava entendendo nada daquela história.
Tio Jim, recebeu naquela noite uma ligação da meia irmã dizendo que Lisa havia sumido, e que ela andava muito instável. A menina vinha sendo corrompida pela Wyrm sem saber. Vícios e mais vícios. Eileen pediu ajuda a matilha, mas, achou melhor também avisar um parente, porque se fosse necessário ela iria levar Lisa através da Umbra para a casa do tio.
Desse ponto em diante a lembranças invadiram a mente de Lisa, ela encontrou com Chris, queria lhe contar do teste, garantir que tudo iria ficar bem independente do resultado, ela não queria um bebê, como sabia que ele também não iria querer.
Chris estava com a gangue quase inteira, eles iriam a uma festa em um casarão abandonado, combinaram de encontrar os break bones em um beco perto do local, ela decidiu contar pra ele quando estivessem sozinhos.
Os caras da break estavam todos lá, incluindo o bats, eles se cumprimentaram em um clima amigável, mas, tem sempre que ter um babaca no meio, um garoto novo da break falou que eles não deveriam andar com lixo que se recusaram a se juntar a eles.
Chris falau para o carinha calar a boca, que aquilo havia sido uma decisão dos lideres e não de um merdinha que não tinha posto dentro do negocio ainda. Que fizeram um acordo de paz e cooperação, mas, a gangues continuavam individuais.
O carinha querendo bancar uma de macho para abafar os risinhos que gerou a palavra merdinha e sem posto sacou uma arma e apontou para o Chris.
- Chama meu amiguinho aqui de merdinha. – Pronto, metade da Empire sacou armas e facas. A confusão estava armada literalmente. Bats entrou na frente do moleque.
-Que isso meu irmão! Guarda o bagulho aí, o cara tem razão. Cê não quer enfrentar a geral, né? Foi tu que começou, não vou deixar ninguém aqui levantar um dedo pra te salvar. Ele falava com autoridade de líder da gangue, enquanto David maluco o líder nem se mexia.
- Ok, vou baixar porque o cara é um babaca mandado por uma puta, eu ainda vou comer a vadia, disse o carinha estranho olhando pra ela. Chris explodiu, mandou bats sair da frente porque aquele moleque tava morto. Se ele não morresse agora iria visitar São Pedro depois.
Bats virou para o Chris e disse: Baixa a arma. E o Chris, simplesmente baixou. Ela ficou espantada. Bats virando pro garoto continuou.
- Você não vai querer atirar em mim, vai? Bom, menino. Já estava te escolhendo pra ser o meu lanchinho essa noite. O garoto tremia. Bats virou de costa, e foi andando dizendo ao Chris que aquele merdinha não iria mais incomodar aquela noite. Mas incomodou, o garoto ergueu a arma é atirou no bats, as balas atravessaram seu peito algumas acertaram o Chris.
Ele caiu de joelhos enquanto o bats,ela se lembrava agora, o bats simplesmente girou nos calcanhares e caiu em cima do carinha, ela nem cheguou a ver. A bala que acertou o Chris, ele havia desviado de uma das balas, o impacto era grande demais para uma bala que atravessou alguém.
Ela correu até ele se ajoelhou ao seu lado a tempo de ouvi-lo falar seu nome, olhou as pessoas a sua volta, parados, com olhares vidrados a sua frente, porque não ajudavam o Chris, porque ficavam olhando para...
Não chegou a ver o que era, foi tomada por uma fúria imensa e começou a senti-la tomar conta de sua mente. Seu pai estava morto, seu amor estava morto e todos ali parados. Malditos!
Ela viu as garras, ela ouviu seu uivo de dor e acha que viu bats escalando o prédio ao lado como uma aranha e depois só se lembra de ter acordado nua em uma poça de sangue.
Todos estavam mortos, parecia que um animal havia estraçalhado com todos, quase todas as armas estavam descarregadas, quase, haviam braços arrancados com as armas ainda na mão.
Ela foi até o corpo de Chris e sentou ao seu lado, em choque. Pegou a Glock de sua cintura e iria acabar com aquilo, um tiro na cabeça iria resolver tudo. Uma mão a impediu.
-Isso não vai adiantar pra você, segundo os filmes, não tem prata aí. – Era bats. – Eu nunca pensei em ver um de vocês de tão perto, nem acreditei que vocês existiam na verdade. Ela ouvia sem ouvir. – Vem, preciso tirar você daqui, ele tirou a jaqueta e colocou em volta do seu corpo.
Ela o seguiu, se sentindo perdida, entorpecida como em um sonho e com o cheiro do bats mais forte do que nunca. Mas, ele já não a incomodava mais.
Eles seguiram por caminhos escuros evitando lugares onde pudesse haver qualquer pessoa. De repente ele parou.
-Presta atenção. Você tem que seguir sozinha, daqui é mais fácil e seguro. Os seus já devem estar a caminho ou já devem estar atrás de nós, eles não podem me achar com você, vou levar o casaco, porque seu eu deixar ele com você, bem, não quero um monte de cães farejadores atrás de mim. E o seu cheiro na minha roupa, o sangue e esse perfume todo devem me disfarçar um pouquinho. Segue reto. Ele disse é sumiu.
Ela acordou de suas lembranças com a voz da mãe.
- A policia deve chegar a qualquer momento. Lembre-se, você não saiu de casa ontem estava se sentindo muito doente, pela manhã eu te levei ao hospital, graças a Deus temos o seu teste para provar. A tarde você ficou comigo e a noite a Julia ficou aqui. Foi quando seu tio Jim chegou, porque ele vai nos ajudar com a mudança.
Então ela teria três álibis, quando saíram do quarto prometendo explicar melhor as coisas depois e com calma, ela se levantou, trocou de camisola e se sentou na cama com o envelope lacrado do hospital na mão. Sabia o resultado, mas, agora queria que fosse diferente, ele estava morto e ela queria um pedaço dele em si. Mas, não teria. Adormeceu abraçada ao envelope.


Andrea
Andrea

Mensagens : 20
Data de inscrição : 25/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Aviso

Mensagem  Andrea Sáb Fev 04, 2012 3:41 pm

Não consegui terminar, posto o resto posteriormente...

To tentando resumir ^^.
Andrea
Andrea

Mensagens : 20
Data de inscrição : 25/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Respondendo...

Mensagem  Admin Sáb Fev 04, 2012 10:27 pm

GildaBrasil escreveu:
Diana Icra - Patas Vermelhas
Hominídeo; Philodox; Fúrias Negras

"O treino terminou um pouco mais tarde do que o normal.
Tomou um banho rápido, não queria se atrasar para a noite que, certamente, o marido preparara. Estavam comemorando três anos de casados. Se conheciam a mais de treze anos, quando ele se mudou para perto da casa onde ela morava, pouco antes da mãe falecer.
Ele fora seu primeiro amigo, namorado e amor.
O telefone celular tocou na bolsa assim que ela terminou de se vestir.
O atendeu esperando ouvir ouvir a voz dele, mas foi uma outra voz masculina, bastante conhecida, eu escutou.
-Pai? – sorriu abertamente – Como o senhor está? A onde o senhor está? Faz tempo que não da noticias. – ele deu-lhe respostas evasivas antes de fazer suas próprias perguntas – Ah! Sim, estou a caminho de casa agora. Me atrasei um pouco por causa do treino. – mais alguns comentários – O que foi, está precisando de dinheiro?
Ela sabia que ele só ligava quando algo apertava, no fundo tinha raiva disso, mas o marido dizia para tentar entender. Deveria ser difícil para o velho ver que a filha e o genro tinham conseguido ganhar mais dinheiro do que ele fez em toda a vida. Mas constrangedor ainda ter que recorre-lhes quando estava necessitando.
E ela tentava entender... Ela sempre tentava entender.
-Não tem problema nenhum, pai, eu posso mandar alguns dracmas para você. De quanto precisa?
Ele se despediu agradecendo-lhe e lhe chamando de dozinho. Fez careta ao lembrar de como achava esse apelido falso, ela nunca fora um doce de pessoa.
O marido, ao contrario, a chamava de fera, pois ela defendia o que queria com unhas e dentes. Não era a toa que havia conquistado tantos campeonatos.
Ele sim estava certo, havia uma fera dentro de si, adormecida, mansa ao lado dele. Ela podia senti-la, calma, tranqüila, mas não menos perigosa. Às vezes sonhava com as garras e os dentes afiados, pesadelos que lhe atormentavam desde muito nova. Mas ao acordar e vê-lo ao seu lado, a paz voltava a lhe encher o peito.
Caminhou mais um pouco até que um cheiro desagradável invadiu suas narinas como se o sangue estivesse saindo de suaprópria carne. Mas um arrepio na espinha e a intuição gritando em sua cabeça lhe fizeram impulsionar a correr pelas ruas da cidade.
Não estava longe de casa, três quadras, no máximo, chegou em um terço dói tempo que costumava levar para fazer aquele percurso.
Não precisou arrebentar a porta já aberta para entrar. Lá dentro, de deparou com a pior imagem de sua vida.
O marido tinha um rasgo que lhe cortava o estomago de ponta a ponta, mas ela não conseguiu perceber muito mais detalhes, no exato minuto em que o encontrou, ele olhou em sua direção.
Os olhos cheios de dor, mas principalmente de lamentação. Ela conhecia aquele olhar de desculpas. Desculpas por não cumprir a promessa que lhe fazia sempre que ela acordava com medo de perde-lo. “eu vou estar sempre com você.”
Depois disso os olhos perderam por completo o brilho e ele se foi, deixando o corpo dilacerado cair sem vida no chão.
Ela não se lembra de muito mais do que isso. Apenas do ódio, da raiva, da vontade de estraçalhar o mundo com as mãos e da sua imagem no espelho quando silenciou o ultimo grito dos assassinos de seu marido.
Pelos, presas, garras, mas, principalmente, o olhar de uma mulher da qual fora tirada toda felicidade. Um olhar que acompanharia ela para o resto da eternidade.
“Acalme-se” a voz dele lhe inundou a mente, ou a lembrança do que ele falaria se a visse naquele estado “os móveis não tem culpa, sabe.”

***

Elas eram duas. Ou mais, não sabia. Se lembra apenas de duas.
Entraram na casa, a tiraram dali, a levaram para um lugar seguro. Mas ela não se lembra de nada disso.
Esconderam as pistas do ocorrido, disseram. E só depois de uma semana, quando a consciência lhe retornou o corpo, é que ela foi entender o que fizeram.
As noticias da sua morte, em um incêndio desastroso estava estampada na foto do jornal de dias atrás, que jazia intacto na mesa do quarto que ela ocupava desde então.
A grande promessa do esporte grego e seu marido, único herdeiro da rica família Kaligaris foram encontrados mortos no incêndio devastador que aconteceu na mansão. Os corpos, carbonizados, mal permitiram reconhecimento.
Uma mulher negra, de dreds nos cabelos e brincos discretos, que cuidava dela desde então, entrou no quarto e pareceu indiferente ao percebê-la de pé, lendo com interesse o jornal.
-Resolveu reagir. Bom. – seria a única coisa que diria caso ela não inquirisse o que acontecera.
A negra colocou a bandeja com comida na mesa e a fez abrir na página do jornal que continha a matéria completa. Então apontou para a foto do homem de óculos escuros, com a expressão de pesar. Seu pai.
A legenda dizia “foi muito difícil fazer o reconhecimento, meu docinho não merecia morrer assim”.
-O que você quer dizer com isso? – perguntou novamente a mulher.
-Lá no fundo, você sabe. – foi a única resposta que teve.
E sim, ela sabia.
-A herança... – murmurou olhando a foto do pai, o ódio lhe subindo pelo sangue como um veneno - ... ele queria a herança.
Foi o suficiente para que o eu monstro interno que segurara por tantos anos voltasse a aparecer.
Rasgou o papel em pedaços, e em seguida a mesa. Olhou na direção da mulher bufando de raiva. Rosnou. Mas, a imagem da outra se transformando lhe devolveu a consciência humana.
-Vamos, venha. – disse o mostro de dredes e brincos, ao perceber sua hesitação – Coloque sua raiva para fora.
-Não precisamos chamar mais atenção, Brenda. – resmungou outra mulher, essa ruiva, entrando no quarto também – voltem a forma humana, as duas. Agora.
“Voltem a forma humana?” confusa, olhou para o espelho mais próximo e se deparou com uma imagem que seria assustadora, se ela já não se tivesse visto assim diversa vezes, em sonhos.
Sonhando, era isso, ela devia estar sonhando. O pior pesadelo que já tivera.
Procurou a cama e sentou-se, tentando se acalmar. “Mantenha a calma, mantenha calma, mantenha a calma.” Repetiu mentalmente. E pareceu dar certo. Os pelos retrocederam, as garras e presas também.
As duas... fêmeas, a observaram voltar a forma humana com paciência.
-Muito bem. – disse a ruiva quando o fez – Sua mãe ficaria orgulhosa.
Ela voltou os olhos para elas, surpresa.
-Vocês conheceram a minha mãe.
A ruiva fez que sim.
-A muito para saber, criança. Você demorou bastante para se descobrir.
-Achamos que isso nunca aconteceria, na verdade. – rosnou o mostro com dredes em uma língua que não era o grego, nem nenhuma outra que ela conhecia. Mas, estranhamente, ela entendia.
-Branda, volte a forma humana sim. – pediu mais uma vez a ruiva.
A outra bufou contrariada.
-Não gosto da forma humana, sabe disso.
-Na cidade, forma humana. – responde a outra firme.
E contrariada a outra retornou a forma da negra que lhe trouxera o café da manhã.
-O que... o que você é? – perguntou.
-Eu não, querida. – disse a outra em tom cínico – nós. Nós somos garus. – a incompreensão continuou a iluminar o olhar dela, então a outra decidiu completar – Bom, os humanos costumam nos chamar de lobisomens.
-O que?!

***

O tempo passou. E ela aprendeu a viver sua nova realidade.
Foi ensinada sobre o que era, sobre sua tribo, sobre sua descendência, sobre a luta eterna por Gaia.
Deixar o pai impune foi a parte mais difícil. Meios legais não eram uma opção. Trazer a tona a verdade sobre aquela noite seria revelar o que ela se transformou no momento de fúria e como ela acabou com os assassinos do marido, que ainda estavam lá, a esperando, quando chegou.
Sua novas companheiras, as quais ela descobriu que eram muitas em seu pais, acharam melhor que ela fosse enviada para a terra da mãe. Que seguisse seus passos na formação de uma Fúria Negra honrada.
Antes do final do mês ela desmbarcou nos Estados Unidos, com o passaporte de Diana Icra, o nome da nova pessoa a qual ela se transformara. Não mais uma desportista grega, e sim uma Garou em treinamento.
Novo nome, nova identidade, outra vida.
Ela nunca soube muito sobre a mãe, que morrera cedo. Mas sabia que haviam parentes do outro lado do oceano.
Foi com eles que se abrigou nos primeiros meses, mais precisamente com o primo americano e brincalhão, até conseguir emprego e poder se manter sozinha.
As irmãs de tribo, americanas ou mesmo as gregas, não gostavam muito da sua proximidade com um “macho”, o olhavam torto sempre que se encontravam. Jack não se importava muito. Achava graça do feminismo exacerbado das amigas dela. Mas, segundo ele, estava acostumado.
-Todas as mulheres da família são esquentadinhas. – brincava – Se eu tivesse medo de cara feia e grunhido, tinha morrido no berço.
Jack sabia sobre os Garous, era filho de uma que morrera em batalha. Uma prima de sua mãe, pelo que entendera da história. Ele era engraçado, divertido e a fizera dar os primeiros sorriso e gargalhadas nessa nova vida.
Mas ela tentava se manter afastada. Não era seguro, diziam as outras.
Arrumar o emprego como professora de educação física fora o primeiro passo para poder se manter sozinha e sair de perto dele.
Sozinha, as lembranças do marido eram mais difíceis de refrear. Mas, de certa forma, isso era bom. Não queria se esquecer jamais da dor que sentira, nem do ódio pelo mandante do crime.
Seu pai hoje desfrutava os bens que eram por direito dela e, esse dinheiro o fazia um homem mais perigoso ainda. Ela acompanhava seus passos de longe, com ajuda das irmãs que deixara na Grécia.
E mesmo que sua “mentora” dissesse-lhe para ter cuidado com vinganças, um dia, quando estivesse pronta, ela ia fazê-lo pagar pelo que tirara dela."



Obs.: Minha mentora é a ruiva (cujo a qual o nome não foi citado, eu sei. A tratamos pelo "ruiva" mesmo) Tem problema ela terficado na Grécia? Ou um mentor estaria perto "fisicamente"?
Não lembro se o que tenho de "parentes" são dois ou um, se forem dois, mudo o BG para um casal de primos, o Jack e uma irmã.
Eu não tenho muita certeza se a historia faz sentido para o tipo de personagens que são os Lobisomens, me de sua opinião, ok. de repente vale algum ajuste.


Respondendo:

- Eu gostei bastante. Sua mentora pode ser de outro País, sem problemas. A história está otima! Qual o nome do seu Pai (na historia) ?

Admin
Admin
Admin

Mensagens : 170
Data de inscrição : 02/01/2012
Idade : 43
Localização : Campo Grande MS

https://rrpg.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Parabens a todos!

Mensagem  Admin Sáb Fev 04, 2012 10:53 pm

Todos estão de Parabens!!!!

Todos fizeram seus Backgrounds..... A Andrea (como de costume) ainda nem terminou o dela... E particularmente falando não vejo a hora de ver a proxima parte.. O tal Bats é um Sanguessuga ?
Gilda, tenho formulado idéias fantásticas quanto ao seu Background!!!! Se prepare para surpresas logo....
Marcelo... Bem agora sou obrigado a lhe dar uma arma ehehehe, mandou bem manow. Xattu, curti muito o lance do Berserker... COmbinou mesmo... E Henrique, Se voce for mesmo o Apha... ce tá ferrado manow.... Puxa, podíamos chamar o Alex para jogar com aquele Peregrino Silencioso dele né ??? Ja pensou ? Fechou um Theurge no grupo... ROLF!!!!!!

Eu gostaria que voces postassem no forum, possivelmente com auxilio da Gilda, mais detalhes sobre suas formas... Principalmente Hominídea, Crinos e Lupina... Acho que facilitaria na caracterização do Personagem..

Vamos aos Bônus. Como todos fizeram o Background, todos ganharam 5 pts de Bonus para distribuir e todos ja comecam automaticamente com 1 pt (free) em Ocultismo. (Henrique será diferente pq ele não é hominideo), Voces ganham 1 pt em : Fúria OU Gnose OU Força de Vontade free. Se esse pt chegar acima do máx nao tem problema ex: Xattu tem fúria 5 e ele escolhe colocar o pt free em fúria, alcancando assim fúria 6). Voces também podem comprar qualidades e defeitos até o limite de 7 pts de defeito. Para aqueles que não conhecem o sistema, voces podem gastar seus pts de bonus em Qualidades ou podem comprar pontos de defeito que viram pts de qualidade ou pontos de bonus. Só que existe um limite de até 5 pts de defeito. Não é obrigatorio ter defeitos, mas somam-se mais bonus (ou qualidade a voces).
Um conselho, se forem ter qualidades ou defeitos, o façam pelo seu background, não pela soma de pts em si. Certos defeitos são ferrenhos e podem realmente estragar um bom jogo.
Tanto defeitos quanto qualidades dependem de minha avaliação e permissão para ter, e alguns podem sofrer mudanças (ex: o famoso vontade de ferro).
Vou postar um novo tópico com as qualidades e defeitos e voces podem escolher algum de lá... é uma lista com os diversos livros já lançados.

Boa Diversão e até domingo!!!!

POR GAIA!!!!

Admin
Admin
Admin

Mensagens : 170
Data de inscrição : 02/01/2012
Idade : 43
Localização : Campo Grande MS

https://rrpg.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Akrohn - o que reflete a lua

Mensagem  Henrique Dom Fev 05, 2012 10:24 am

lupino
Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual 8957lobo

Hominideo: Cabelo curto loiro, arrepiado, olhos claros, azuis quase chegando no branco, magro, com altura aproximada de 1,72 e 62kg

Crinos: Não sei a altura certa, mas pelo bastante prateado, olhos claros beirando o branco
Henrique
Henrique

Mensagens : 38
Data de inscrição : 28/01/2012

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Re: Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Gilda Seg Fev 06, 2012 6:21 am

Andrea escreveu:Não consegui terminar, posto o resto posteriormente...

To tentando resumir ^^.
não precisa amiga, vc pode postar vários post até terminar a história.
Gilda
Gilda

Mensagens : 62
Data de inscrição : 27/01/2012
Idade : 47
Localização : Na frente do computador

http://gildabrasil.deviantart.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Re: Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Gilda Seg Fev 06, 2012 8:56 am

Admin escreveu:
- Eu gostei bastante. Sua mentora pode ser de outro País, sem problemas. A história está otima! Qual o nome do seu Pai (na historia) ?


Acabei de alterar o BG, inclui o segundo parente (Jack e Jane, irmãos gemeos), o nome do pai (Fídias Onassis), o nome anterior dela, (Helena Onassis Kaligaris) e decidio o nome da mentora (Ida Aagje), sendo o nome de tribo "Ruiva" mesmo.
Gilda
Gilda

Mensagens : 62
Data de inscrição : 27/01/2012
Idade : 47
Localização : Na frente do computador

http://gildabrasil.deviantart.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Re: Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Gilda Ter Fev 07, 2012 3:23 pm

Desneho de:
Diana Icra

Nas formas Hominidio, Glabro e Crinos
9clique no nome para ver a imagem)

Já desenhei a forma lupina tb, mas a hispo ainda não, posto as duas juntas qd ficarem prontas
^^


Última edição por GildaBrasil em Sáb Mar 10, 2012 9:31 am, editado 1 vez(es)
Gilda
Gilda

Mensagens : 62
Data de inscrição : 27/01/2012
Idade : 47
Localização : Na frente do computador

http://gildabrasil.deviantart.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Re: Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Gilda Sáb Mar 10, 2012 8:38 am

Complemento de BG

Diana Icra, segunda parte

Estava cansada e preocupada. John Kovacks não era o Garou mais honrado do mundo, mas vê-lo no estado que chegara ao Caern, envolto até a alma com o cheiro da Wyrm, sujo (pra dizer o mínimo) e machucado a assustou. Ele era parte da sua matilha e, se atrevia a pensar, não era a parte mais frágil dela. Certamente sua vivencia de rua o deixara bem mais preparado para certas armadilhas da vida que todos os outros... E ela mesma.

Além disso, havia outro problema. Uma anciã de sua tribo fora morta por uma traidora, e a acusada, oficialmente, era ninguém menos que a Ruiva, sua mentora, a Garou Fúria Negra que mais respeitava e confiava. A amiga mais próxima de sua mãe.

Por mais que não gostasse de Brenda e do seu jeito autoritário e brigão, ela nunca tinha demonstrado deslealdade antes. Entre as duas, ela estava suscetível a confiar mais na Ruiva por um simples motivo de que Brenda não era ponderada, ela via tudo em preto e branco e parecia desconhecer que no mundo existia vários tons de cinzas. Uma característica lupina, talvez.

A primeira avaliação de Diana era de que tudo não passara de uma armadilha para sua mentora e que Brenda, pela sua ingenuidade, não conseguia entender.

Mas ela precisava de mais informações para ter certeza sobre como proceder... E em quem confiar. E ela não tinha como conseguir essas informações por agora.

Após assistir o ritual de purificação e aprender alguns “truques” para ajudar na cura do outro, ela pediu licença e foi meditar.

Sim, meditar... Uma das poucas coisas que mantivera da sua rotina de atleta. Meditar a ajudava na concentração que, a maioria das vezes, era decisivo em uma luta. Qualquer luta.

Sentou-se na sua forma glabo, que mais se parecia com uma mulher grande, mais escura, com cabelos volumosos e sobrancelhas fartas, do que com uma Garou. Cruzou as pernas e fechou os olhos, respirando profundamente algumas vezes, deixando o pensamento a levar pelas suas lembranças, buscando alguma resposta.

O galpão, no subúrbio de Athenas, era amplo e escuro. Haviam velas no chão, formando um circulo ao redor delas, a única luz no lugar.

Ao seu redor, além das velas, outras Furias Negras, Brenda e sua mentora. Num primeiro momento achou que se tratava de uma punição, por ter agido impulsivamente na noite anterior.

Também pudera, ver o pai gastando o seu dinheiro com prostitutas a havia deixado cega de ódio. Não pelo dinheiro, não pelas prostitutas, mas a raiva era pura e simplesmente por vê-lo.

-A vingança não é um bom conselheiro, Helena. – disse a mentora a certa altura – Ontem você quase se denunciou...

-Ele merece morrer. – foi tudo que ela conseguiu dizer entre os dentes cerrados de ódio.

-Sim, ele merece. – concordou a Ruiva – Mas não as custas do véu. Rasgar o véu é o pior crime que um Garou pode fazer. Já lhe expliquei isso.

-Eu não me importo.

-Claro que se importa! – rosnou a mulher, num tom agressivo, pela primeira vez ela deixou transparecer a fúria que a fazia uma Furia Negra. Então ela fechou os olhos e os punhos, provavelmente tentando fazer com que a calma voltasse ao seu espírito – Eu prometi a sua mãe que não lhe deixaria fazer besteiras... – disse por fim – e vou cumprir senhorita, mesmo que tenha que lhe largar dopada em uma cama pelo resto da vida. – ameaçou.

Helena estremeceu discretamente, a idéia de ser dopada lhe levava a imaginar agulhas enfiadas no seu braço e aquilo a metia mais medo do que qualquer coisa. Ela tinha fobia de agulhas. E esperava que ninguém na sua tribo descobrisse isso, nunca.

A Ruiva conhecera sua mãe antes mesmo dela nascer. Haviam sido amigas, companheiras de batalhas, embora tivessem trabalhado em matilhas distintas. Ela entendia sua necessidade de protegê-la, mas se perguntava quando poderia tomar suas próprias decisões.

-Por que me trouxe aqui?

-Você precisa aprender. – disse Brenda, naquele tom rasgado e agrecivo de sempre.

-Outra luta com você? Só para me lembrarem que eu posso ter meu traseiro chutado? – perguntou em tom irônico.

-Não dessa vez... Pankratios, por favor.

Uma das fúrias se aproximou. Só então Helena percebeu que não se tratava de uma mulher, como todas as outras que ela já havia conhecido até então.

Os cabelos eram castanhos claros, e desciam até a baixo do ombro, a barba por fazer não chegava a ser espessa, mas cobria-lhe a parte inferior do rosto, que era fino. Olhos eram cor de mel, e traziam um brilho estranho, quase febril.

Ele não era um homem com quem ela se sentiria a vontade em um elevador.

Enquanto se aproximava, ele mancava visivelmente da perna esquerda.

Logo ela entendeu.

-Ele é um Impuro.

Pankratios soltou um resmungo incomodado e voltou os olhos para a Ruiva.

-Eu disse que não daria certo.

-Vai dar certo. – ela respondeu, ainda encarando a jovem pupila – Pankratios é um impuro sim, Helena. Filho de uma de uma lendária Fúria Negra. Quase tão lendária quanto sua mãe...

Ela piscou os olhos enquanto o encarava, imaginando se a mãe dele havia perdido algo do seu renome apenas por ter se apaixonado por outro Garou. Imediatamente ela teve inveja dele. Preferia ser filha de um pecado entre Garous do que da mentira que seus pais tiveram.

- Eles são os únicos machos permitidos na nossa tribo. – continuou a Ruiva – Porque não tem culpa da escolha errada dos pais, e porque não é da natureza de uma loba, nem de uma humana, abandonar a sua cria... Pankratios é de um posto bem mais elevado que o seu – “quem não é?” ela perguntou-se mentalmente - ...então, espero que o trate com o respeito devido. – ela assentiu, a Ruiva continuou – Ele irá lhe ensinar algo que lhe será muito útil, agora que despertou. Depois que aprender, temos uma nova vida para você.

-Como assim?

-Ficar em Athenas é perigoso. A Grécia é perigosa para você... Me atrevo a dizer que mesmo o continente já não é um lugar seguro. – disse Pankratios – Sua mentora nos levou seu problema e as anciãs decidiram que, após você aprender o que eu tenho para lhe ensinar, será melhor que seu treinamento continue na terra da sua mãe.

-Na terra de minha mãe? Nos Estados Unidos? Mas o meu pai...

-Sua vontade de vingança por ele é um dos motivos. Você não está pronta para isso, ainda. – cortou a Ruiva – Mas esse não é o mais importante.

Ela aguardou que continuassem a lhe dar explicações, olhando de um para o outro. Pankratios e a Ruiva se entreolharam, então, ela fez um sinal para que ele tomasse a frente.

-Ontem a noite, na sua raiva, você não percebeu, mas havia alguém muito mais perigoso que seu pai dentro daquela boate. E esse alguém... ou melhor, algo, reconheceu você.

-E o que seria esse algo?

-O ser mais desprezível, maquiavélico, traiçoeiro e fedorento que existe...

-Nossa, parece que você não gosta dele, mesmo... – comentou com cinismo, imaginando que o tal “algo” era um desafeto do Impuro.

-Não há como gostar de um vampiro, querida.

-Heim? – eles continuaram a encarando, na espera da frase natural “vampiros não existem”, mas ela mesma respondeu a sua indagação antes que fosse feita – Ah, se existem lobisomens, por que não vampiros... Ótimo, - chiou – isso é realmente ótimo... Você disse que ele “me reconheceu”?

-Te reconheceu como sendo filha de sua mãe... – comentou a Ruiva – E isso é bem ruim. Ele odiava muito a sua mãe.

-Ele tem, ahã, raiva da minha mãe, por que?

Pankratios deu de ombros.

-Nada demais, só por que ela invadiu um covil deles, sozinha e matou todos... – Helena arregalou os olhos, surpresa – É, um grande feito, sua mãe não era uma heroína entre as Fúrias a toa... Mas era suposto que ele não tivesse escapado. Encontrá-lo naquele lugar foi uma surpresa para nós também.

-Entenda, Helena, a chegada desse novo inimigo requer medidas drásticas. Você tem que sair de circulação... – disse a Ruiva - Sua documentação falsa já ficou pronta. Na America você terá uma nova vida, os seus parentes estão dispostos a lhe abrigar por hora, até que possa se manter sozinha também. As representantes de nossa tribo nos Estados Unidos lhe ajudarão também. Mas... se Stauss for atrás de você, quero que esteja preparada.

-Staruss? – que nome mais ridículo, mesmo para um vampiro.

-E como se enfrentar um vampriro.

Brenda riu gostosamente.

-Se fatia ele, simples assim. – disse, ainda parada atrás dos outros dois. Brenda sempre foi muito simplista nas suas abordagens, as vezes Helena gostava disso.

-Se ele lhe deixar chegar perto, sim. Mas o inimigo de sua mãe é um vampiro poderoso, mais do que supúnhamos, já que ele conseguiu escapar dela. Ele facilmente te dominaria antes que pudesse mostrar os dentes... – disse Pankratios – Minha função será lhe ensinar como não deixar que esses seres te dominem... Depois disso, você parte.

Ela assentiu em concordância e então barulhos que não faziam parte da lembrança a despertaram.


Diana abriu os olhos, estava de volta ao Caern. Jonh tossia fortemente, incomodando os poucos Garous que estavam por ali, mas ninguém falou nada, só olhavam feio a figura. Bom, eles sempre olhavam daquele jeito para Pinha na Sombra.

Ela voltou-se mais uma vez para a lembrança que a meditação a havia feito recordar. Imaginando o por que. Perigo? Ela sabia que estavam em perigo, isso era meio que “constante” entre sua espécie... Mas, talvez, a memória só a quisesse lembrar de que havia perigos maiores prontos a lhe interceptar e que, nesse caso, suas garras não iriam ajudar. Ela teria que se valer dos ensinamentos de Pankratios.
Gilda
Gilda

Mensagens : 62
Data de inscrição : 27/01/2012
Idade : 47
Localização : Na frente do computador

http://gildabrasil.deviantart.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual Empty Re: Backgrounds - Lobisomen o Apocalipse - Atual

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos