Rudy Role Player Game - RRPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Background - Antenorion Suzey Dupar Segundo - Campanha Ventos Púrpuras -

Ir para baixo

Background - Antenorion Suzey Dupar Segundo - Campanha Ventos Púrpuras -  Empty Background - Antenorion Suzey Dupar Segundo - Campanha Ventos Púrpuras -

Mensagem  Admin Dom Jan 08, 2012 10:55 pm

A Família

Os Dupar sempre ocuparam uma posição invejável no conselho da cidade de Halarahh. Desde que a antiga capital de Halagard foi abandonada e Halarahh escolhida como nova capital e a sede do conselho dos 17 anciões, os Dupar estão presente dentro deste seleto grupo.

Nos primeiros 12 anos de nova capital o sábio Antenor Dupar liderou o grupo dos 17 com sabedoria e cautela. Neste período ele teve a oportunidade de preparar a cidade para os anos vindouros. Nas construções de imensas escolas de magia, estradas, postos de comercio e até na ajuda da construção do grande tempo da Deusa da magia. Mas a idade avançada o afastou de seus afazeres e único filho Antenorion Dupar foi testado e assumiu um lugar no conselho.
Antenorion, o Cruel, deu nova ordem a família. Entregando-se definitivamente na guerra das torres ele construiu a maior torre de magia que podia e no sopé dela uma grande mansão onde viviam Antenorion e sua jovem esposa Melanie. Melanie Dupar não era de Halruaa. Sua família era de origem muito distante, originária da cidade de Suzail, capital do reino de Cormyr, tinha sido dada em casamento ao mago Antenorion em uma tentativa falha de seus pais em desenvolver uma relação amigável com o reino de Halruaa. Filha de uma das grandes famílias de Cormyr, Melanie já havia apresentado traços da Arte em sua adolescência. O sangue da família de Melanie era repleto da essência dos dragões. Mas nunca havia recebido o treinamento necessário, seu destino era tornar-se uma ótima esposa para Antenorion.
A família de Melanie Suzey tinha grande influencia nos Arcanos de guerra de Cormyr e por isso mesmo ela foi escolhida para o casamento com Antenorion. Ledo engano. O comportamento de Antenorion era reflexo do adjetivo que sempre seguia seu nome. O Cruel.
Sua presença em casa era exceção. Apaixonado pela arte, mas cego pelo desejo de poder ele dedicava todo o seu tempo em seus estudos. Após 16 anos de casado Melanie teve o dom da fertilidade tardia e daria a luz a um casal de bebes. Gêmeos que preservavam a vasta cabeleira negra de outrora do pai e os lindos olhos castanhos quase rubros da mãe. Mas algo fora do controle aconteceu.
Durante a gravidez Melanie no auge dos seus 32 anos, idade avançada para uma gravidez apresentou dons que ela conhecia muito bem. Tinha visto seu irmão Müler conhecendo-os na adolescência. O sangue dos seus ancestrais exigia atenção e a feitiçaria apareceu na família Dupar.
Com medo da reação de Antenorion que sempre repudiou os feiticeiros ela optou por esconder de todos A Arte. Sua falta de treinamento e experiência no novo dom saiu de seu controle. Chamas apareciam na casa constantemente, Luzes, criaturas diversas e outros distúrbios inexplicáveis preenchiam a casa da familial Dupar.
Antenorion cego pelo seu ego gigantesco e sua busca inesgotável por conhecimento não notara o obvio. Tinha em casa uma das coisas que mais odiava. Uma feiticeira.
O Parto de Melanie foi horripilante. As parteiras da cidade magocrata não possuíam o dom das outras cidades, a falta de costume ao verem que existiam dois bebes no ventre de Melanie causou espanto. O sangue tomou conta do quarto todo, o cheiro era sufocante e o desespero das duas parteiras deixava Antenorion irritado.
Quando a primeira criança surgiu e chorou uma falsa aura de paz tomou conta do ambiente. A luta estava apenas na metade. Enquanto o infante Dupar desancava deitado no pequeno berço de madeira deixado ao lado de sua mãe os urros de dor de Melanie recomeçavam. Outra criança forçava-se contra o útero da mãe. Criança esta que estava na posição errada de nascimento, de costas para a vagina da mãe.
Em um esforço sobre humano Melanie tenta fazer força, tentando repelir o bebe que nascia. E nesse instante a Arte que possuía fez-se revelar. Suas mãos tornaram-se chama viva. Que imediatamente incendiou a cama de palha que repousava. Em um ato de desespero e de incompreensão Antenorion Dupar fez jus ao nome.
Sacando um punhal da sinta e empurrando as parteiras para o lado transpassou a gigantesca barriga de Melanie. Trazendo a vida a bela Joana. Mas ao custo da vida de Joana ele matava Melanie. Em um movimento reflexo, ele utilizando-se da arte deixou as duas parteiras em sono. Mas quando se virou para salvar o pequeno que a pouco dormia o desespero tomou conta de seu corpo. O Pequeno coeiro de madeira estava também em chamas. Sentindo o pulsar de seu coração percorrer seu corpo todo Antenorion atirou-se em meio a chamar da cama e do berço, com a filha nos braços tentando salvar o pequeno.
Ao tomá-lo nos braços todo o lado esquerdo do corpo do pequeno havia queimado o suficiente para tirar a vida do herdeiro e primogênito da família Dupar. Mas as limitações mundanas não eram aceitas por Antenorion que após conjurar palavras inteligíveis para meros mortais teleportou-se da casa agora em chamas, deixando para a morte as duas parteiras que ainda sobre o encantamento dormiam.
Sujo se sangue, carregando dois bebes ainda nus com os cordões umbilicais Antenorion materializou-se na catedral de Mystra no centro da cidade. O choro já tomando conta da rígida feição do mago de mais de 50 anos quando um dos clérigos de Mystra aproximou-se correndo, tomando nos braços o pequeno e entoando uma prece. Outro que estavam presentes correram na direção de Antenorion que em pânico apenas olhava para seu pequeno filho morto, culpa de sua maldita mãe e da arte maligna exercida pelos feiticeiros.
Durante longos 2 minutos o Sumo Sacerdote de Mystra da região fechou-se com o pequeno em uma sala. As luzes apareciam pelas frestas da porta, estrondos e brilhos eram vistos por todos os presentes. E logo o clérigo saiu da sala, segurando o filho de Antenorion no braços.
Quando se aproximava Dupar pode ouvir novamente o choro de seu filho. Mas quando o tomou nos braços pode ver a desgraça de sua vida. Ao olhar o rosto do pequeno ele percebeu que parte do corpo de seu bebe havia sido ferida gravemente e as cicatrizes eram maiores que os poderes do clérigo podiam recuperar. Toda a metade esquerda do corpo da criança seria, pelo resto da vida, reflexo da falta de cuidado que Antenorion, O Cruel, não teve em sua própria casa.
Ao retornar pra casa já com as duas crianças vestidas pelos clérigos de Mystra. Com a ajuda de uma serva já contratada pode ver todo o orgulho da família Dupar ainda em chamas. Lembrou-se nesse instante do que havia feito. Sentindo o ódio correr em suas veias por sua mulher que o traiu, pela incompetência das parteiras e por fim por deixar desgraçar a vida de seu pequeno filho.
Mas Antenorion Dupar não deixaria abalar-se, planando no ar pode ver a complexidade das chamas, e um brilho esverdeado tomou conta do seu corpo e entoando um cântico baixo e grave fez surgir um gigantesco Elemental da Água que em um movimento acabou com as chamas de toda a casa, deixando apenas a marca enegrecida no sopé da torre, sinal da desgraça ocorrida.


A Infância

A vida do pequeno Antenorion Suzey Dupar Segundo foi apenas uma sombra mal feita de sua irmã Joana. Franzino, desajeitado, nitidamente sem talento para a Arte ele permanecia sempre quieto, escondido entre os cantos escuros da mansão dos Dupar.
Ainda era possível ver os sinal do terrível incêndio que ocorreu no dia do nascimento dos gêmeos. Antenorion prestou queixas diante do conselho, acusando as torres rivais do terrível acontecido. A investigação não resultou em nada, mas em pouco tempo graças ao uso da magia todos os cômodos já haviam sido restabelecidos. Apenas a vida da belíssima Melanie Suzey havia se perdido permanentemente.
Doze anos após o ocorrido o mago Antenorion Dupar, O Cruel, mantinha as terras que cercavam sua propriedade com pulso firma. Dotado de um senso de justiça deturpado e olhos em todos os pontos, ele regia as terras como um tirano, as poucas fazendas que ficavam as arredores da torre e da casa da família eram vassalos que concordavam com as exigências do mago.
Após a morte de sua esposa Antenorion tornou-se ainda mais recluso. Passava dias, semanas e até meses dentro de sua torre. A gestão da casa agora era feita por uma criada de confiança de Antenorion, a senhora Mary Ferrer. Mary foi a mãe dos gêmeos durante o período pós parto. Tinha ela perdido um filho, próximo da data do nascimento dos gêmeos e quando soube da morte da Sra. Melanie ela se ofereceu para o cargo.
Trouxe consigo o esposo e agora mateiro da casa o Sr. Antonio Ferrer. O casal tinha uma boa vida na casa. Antenorion não tinha grandes exigências quanto à manutenção do lar ou com as crianças. Seu apego a elas começou por volta dos 4 anos. Quando Joana já apresentava um dom fantástico para as línguas. Enquanto isso o pequeno Antenorion, Anty, como é chamado, mal sabia andar.
Quando ambos completaram 6 anos foram enviados para a escola de magia de Halaraa. Na escola as coisas se modificaram na vida do pequeno Anty e sua irmão Jo. Anty logo se tornou amigo de todos, divertido e apesar da grande cicatriz que cobria todo o lado esquerdo de seu corpo desenvolvia agora traços belos, deixando o lado esquerdo do cabelo crescer, escondendo assim a cicatriz, mostrando apenas seus lindos olhos quase vermelho fogo.
Joana era o oposto de seu irmão. Dedicada aos estudos, tinha desenvolvido uma personalidade que lembrava muito a do pai. Arrogante desde cedo, apresentava um dom para a arte nunca antes visto em crianças dessa idade.
Quando completaram os 10 anos ambos puderam escolher seus presentes e mais uma vez a personalidade deles ficou a mostra. Anty ainda criança pediu de presente ao seu pai um animal de estimação, ele sentia a necessidade de um amigo em casa. Enquanto Jo, querendo mostrar-se superior aos olhos do pai pediu seu primeiro grimorio. Ambos tiveram seus desejos realizados. Anty recebe de presente um lindo lagardo do fogo de presente, com pela escamosa toda vermelha e uma longa língua bifurcada, enquanto Jo ganhou seu livro de magias, com uma infinidade de magias já preenchidas, rituais que eram para Anty impossíveis de compreender mas que faziam todo sentido para a linda Jo.
A cada dia eles tornavam-se mais diferentes, porem uma amizade forte unia os dois irmãos. As fraquezas de ambos eram superadas na presença do outro. Anty e seu lagarto mantinham sempre ao seu lado Jo e seu libro estranho, preso com uma corrente a cintura. Com o tempo Jo tornava-se mais divertida, sem deixar de lado o rígido treinamento de lado e Anty desenvolvera uma boa capacidade da arte, sem deixar a irreverência para traz.
Quando ambos completaram 14 anos suas vidas estavam novamente a ponto de mais uma mudança. O dom do sangue, a Arte presente no sangue de Antenorion Suzey Dupar Segundo exigia atenção. Espantosamente sua afinidade pelo estudo magias mudou drasticamente, superando a todos nas salas de aula, Anty apresentava-se ao mundo como um possível grande mago.
Mas o olhar atendo dos professores revelavam algo diferente. Notavam que não utilizava de fato os pergaminhos de estudos, não compreendia direito as palavras fundamentais e ainda não consegui realizar os trabalhos de poções.
O orgulho que Antenorion, o Cruel sentiu foi substituído por ódio quando soube disso. Anty foi separado de sua irmã, a pessoa que ele mais amava no mundo. Sem dar explicações a ninguém Antenorion pai prendera seu pequeno filho, ainda criança no alto de sua torre, e lá eles passaram juntos semanas.
Dentro da torre Anty sentiu todo o desprezo de seu pai. Os nomes de que ele foi chamado não deveriam nunca ser repetidos, e ele teve ódio de seu pai, assim como o pai sentiu do filho. Sem comida, sem água a única companhia que tinha era o lagarto, que esgueirando-se pelos cantos chegou ao alto da torre.
Foram longos dias preso, com fome e frio, escutando seu pai falar sobre a maldita arte dos feiticeiros, chamando o dom da feitiçaria de maldição e acima de tudo praguejando contra a família de sua mãe. E era nisso que Anty mantinha seus pensamentos, na família de sua mãe, que compreendia algo que nem mesmo ele sabia que estava acontecendo.
E após 3 semanas vivendo apenas dos restos que seu pai atirava-lhe e da água que conseguia Anty teve a verdadeira face de seu pai revelada. Antenorion chegou a cela que prendia Anty no meio da madrugada, talvez a madrugada mais escura e fria que ele já havia presenciado. Nitidamente embriagado e cheio de ódio em seu coração Antenorion libertou o pequeno filho que chorava no canto, fazendo carinho em seu lagarto.
Anty pensou ser um lapso de sobriedade e correu na direção de seu ainda amado pai, sentindo-se amado novamente ele tenta abraçar o pai quando aproxima-se sente o verso da mão de seu pai estralando na face, bagunçando-lhe ainda mais o cabelo e revelando sua gigantesca cicatriz. Deitado no chão, chorando e sentindo o sangue escorrer pelos lábios Anty sente as botas de seu pai atingindo-o com firmeza, acertando suas costelas com força, ele agora tosse sangue e novamente seu pai o chuta.
Em um ato de loucura ele começa a contar a história da morte de sua mãe. De como Melanie trouxe a desgraça para a família Dupar e como agora ele fazia o mesmo. Sendo arrastado pelos cabelos Anty é puxado escada a cima, eles sobrem mais um andar a longa torre, chegando a cobertura da mesma. Seu pai agora pragueja contra a vida, a família e contra todos.
Em um movimento brusco abaixa e levanta o franzino Anty pelos braços, puxando-o até a beira da torre e nesse momento Anty pode ver o chão e a altura da torre, quando Antenorion prepara-se para arremessar o menino o pequeno lagarto morde-lhe o calcanhar, impedindo isso e em seguida o pequeno corre na direção do amigo e sobe em seu braços.
Quando em um movimento brusco Antenorion vira-se e grita: - Não é mais meu filho, morra! E Anty sente uma forte energia empurrando-lhe para a morte, tentando segurar-se ele clama por seu pai que apenas olha pra o pequeno com desprezo. Anty cai. Nesse exato momento a vida opta por pregar mais uma peça na vida do pequeno e um ser vem em um vôo magnífico e o resgata antes de tocar o solo e Anty é levado embora, mas antes de desaparecer no horizonte ele pode ver seu pai atirando-se torre a baixo, atingindo a inevitável morte.

A Juventude

Após o pior dia da vida do pequeno Anty tudo haveria de mudar. Quando olhou para seu salvador o terror tomou contado do pequeno que abandonou o pranto e caiu em desespero absoluto.
Anty viu um homem alto, forte, com feições muito distintas e principalmente um par de asas cheias de escamas, com uma envergadura de mais de 2m. Ele chorou, gritou, debateu-se e nada adiantou, a criatura levava-o em algum lugar, distante de sua casa, de sua vida e de sua família.
Eles voaram durante a longa noite negra, até que após 3 horas de vôo, quando o sol já raiava no horizonte Anty pode ouvir a forte voz de seu salvador que disse: Desceremos aqui, e você poderá me contar porque aquele homem te jogou da torre.
Após contar sua história e ver a reação do homem ele pede: Mostre o que consegue fazer jovem feiticeiro, mostre-me seu melhor!
Anty movimenta-se de forma desengonçada , seu lagarto permanece em seu ombro esquerdo mas eles movimentam-se juntos quando com um movimento rápido um pequeno virote sai do centro da palma da mão de Anty, atingindo precisamente o homem. Anty corre na direção dele desculpando-se e percebe que o homem está sorrindo e o mesmo diz: Quer tornar-se um feiticeiro garoto? Quer provar que tem mesmo sangue dos Dragões? Se estiver preparado para uma vida sem rumo, comida desagradável e pouco conforto pode seguir-me e quem sabe aprenderá alguma coisa.
Anty apenas confirma com a cabeça e então o homem fala sorrindo: Eu sou Davi Lucca, discípulo de dragão de ouro, subtenente da brigada dos arcanos de Cormyr e pode vir comigo garoto. Mas como disse não lhe garanto nada, apenas que irá aprender a usar seu dom ou morrerá tentando.
Anty lembrou imediatamente de sua mãe, da família que ele tinha em Cormyr, de tudo que sabia sobre mãe e falou: Você conhece a família Suzey? Eu sou Antenorion Suzey Dupar Segundo e de agora em diante seu aprendiz.
Lucca preferiu não falar da família Suzey, apenas confirmou com a cabeça que os conhecia e que eles eram muito importantes nas terras de Cormyr.
Lucca e Anty tornaram-se amigos quase que imediatamente. Alguma coisa os unia, algo quase sobrenatural, uma força que une discípulo e mestre, irmãos. Unidos em uma causa comum eles agora caminhavam juntos pela vastidão de todos os reinos dos esquecidos, rumando para Cormyr. Viveram durante 3 anos nesta longa jornada, aceitando alguns trabalhos como mercenários. Fizeram diversas jornadas juntos, ambos desenvolvendo características que nunca antes haviam imaginado.
Lucca tentava passar todos os seus conhecimentos para o jovem pupilo que em pouco tempo já dominava algumas pequenas magias que garantiriam sua vida, se tivesse sorte. Ele também foi treinado a utilizar suas magias em combate. Foi ensinado a escrever suas magias em longos pergaminhos para que quando suas magias falhassem ele ainda tivesse meios de ficar vivo.
Anty aprendeu a arte e sua essência, mistérios muito antigos, sobre os símbolos arcanos e bestas mágicas e principalmente sobre os dragões. Foi ensinado a nunca utilizar a arte levianamente por que ela sempre cobra um preço. Recebeu um longo treinamento sobre honra e companheirismo.
Lucca revelou ao amigo que também possuía um familiar (coisa que foi revelada a Anty depois de alguns meses) e que este tinha se perdido em combate. Lucca explicou-lhe sobre a importância de preservar o mais fiel de todos os amigos, ensinou-lhe que podem ser decisivos em combates, mas que não valeria a pena ganhar mil batalhas a perder o único ser no mundo que de fato compreende o coração de um feiticeiro.
A família de Anty havia sido deixada de lado para ele. A necessidade de testar seus poderes era maior que tudo. Sentia uma saudade tremenda de sua irmã, a quem escreveu 3 ou 4 vezes, soube que realmente seu pai faleceu e que Jo havia ficado com todas as posses da família, após seu desaparecimento. Ficara feliz por saber que sua irmã estava bem.
Aprendeu também neste período com Lucca a lutar utilizando-se de uma pequena besta que compraram durante as missões. Lucca também tentou ensinar-lhe a lutar com espada e lanças mas a inabilidade de Anty com este tipo de armas era algo como perigoso para o mesmo.
E depois destes longos 3 anos, depois de enfrentar orcs, kobolts, feras selvagens, ladrões e até um mago maligno Lucca retorna ao seu trabalho na brigada dos arcanos de guerra, trazendo consigo um aprendiz e novo soldado.

Um novo lar

Anty decidira não se apresentar para os Suzey. Queria conquistar sua honra sem a ajuda de ninguém. Entrou para a brigada dos arcanos pelo método comum a todos. Testes. Foi testado sobre sua proficiência com as magias de combate, conhecimento de armas, sobre estratégias de lutas e sobre conhecimento de magias. E foi mal em quase todos os testes. Descobriu que seus conhecimentos e habilidades eram mais limitados do que ele imaginava e que só seria um mago de verdade se tivesse contato com mais e mais aventuras.
Mas no final Anty foi selecionado, não como um combatente, era auxiliar dos arcanos, ajudando a decifrar pergaminhos, ajudar no alojamento e treinar para, quem sabe integrar a elite dos arcanos de guerra e defender a cidade e ai sim, apresentar-se para a família de sua mãe, cheio de honra.
Passou quase 2 anos assim, morando dentro do alojamento, treinando suas magias, ajudando em tudo que lhe era solicitado. Diversas vezes foi questionado sobre sua grande cicatriz, mas explicada que era um problema em seu parto e logo isso era esquecido e Anty fazia muitos amigos. Era um jovem de apenas 19 anos quando teve sua primeira oportunidade como guerreiro.
Era uma missão de reconhecimento, liderada por Lucca, visitando a floresta real para saber a intensidade da invasão dos orcs na região. Tudo ocorria bem até que caíram em uma grande emboscada. Os pequeno grupo de 5 arcanos foi surpreendido por uma brigada de mais de 30 orcs fortemente armados. A luta foi rápida. Lucca utilizou seu conhecimento em batalha e posicionou todos em forma de circulo, evitando serem flanqueados e utilizando seu cone de fogo atingiu e derrotou 12 dos oponentes em um único ataque. Mas eles estavam decididos a extinguir o grupo e atacaram ferozmente.
Anty utilizou seus conhecimentos ao Maximo que podia e disparando mísseis mágicos conseguiu abater 2 inimigos, mas a batalha era feroz demais para os jovens iniciantes e mesmo Lucca utilizando todo seu vasto repertório de magias e os outros companheiro dedicando-se ao Maximo eles falharam e caíram. Foram derrotados e capturados.
Dos cinco arcanos apenas 3 ficaram vivos, Lucca, Anty e um outro jovem, que assim como Anty fazia sua primeira missão. Foram levados a um grande acampamento, onde mais de 500 orcs faziam base. Foram levados até um meio-orc gigantesco, com a pele toda cinza, ostentando longos caniços inferiores. Ele era o líder daquele gigantesco grupamento.
Ficamos em uma cela improvisada, com apenas dois ou três passos por 2. Isso impossibilitava muito nosso movimento, as longas asas de Lucca atrapalhavam bastante qualquer movimento. Depois de quatro dias trancado dentro do pequeno cômodo fomos levados até um outro orc, que parecia um tipo de xamã que retirou um punhado de sangue de Lucca que havia sido desmaiado por um orc grandalhão. Colocou o sangue dele em uma grande fogueira e quando o sangue tocou o fomo um grande clarão foi visto e o foco abandonou o tom rubro e ficou em um azul quase transparente.
Nesse momento todos a nossa volta ficaram espantados e pude ver Lucca consiente, que fez um sinal pra mim, deduzi que agiríamos.
Em um movimento rápido meu mestre atingiu os dois orcs que o seguravam com as asas e liberando todo o ardor de seus pulmões conseguiu fritar uma dúzia de orcs, incluindo o Xamã. Ele agarrou-me pelos ombros e alçamos vôo, mas ainda próximos do acampamento pude ver uma flexa atingindo-o nas costas e muito sangue foi derramado.
Sua vida se esvaia a cada instante e ele apenas deixou-me a margem da floresta, e despedindo-se mim disse: Meu caro amigo, fiel discípulo e amigo, nosso tempo junto se encerra agora. A grande mãe clama minha presença e a única coisa que me resta é atender seu chamado. E nesse instante pude ver Lucca desaparecendo lentamente.

A vida agora

Depois de morte de Lucca cheguei ao posto principal e contei todo o acontecido. Fui indicado para levar uma nova brigada ao ponto do acampamento. Lá pude ver o verdadeiro potencial dos arcanos. Não foi uma batalha e sim um massacre.
1 ano e meio após a morte de Lucca agora sou um arcano de guerra, com minhas obrigações e afazeres, vivo dentro do alojamento e tenho também um bom quarto alugado na principal estalagem da cidade, nos meus dias de folga divirto-me bebendo e contando os casos das batalhas com meus companheiros nesta mesma taverna.
Tenho uma linda dama, filha de um dos nobres da região, que flertamos e sempre que nossos olhos se cruzam sinto algo diferente dentro de mim, novamente algo novo em minha vida.
Ainda envio cartas a minha irmã, mas a mais de seis meses não recebo respostas, grande parte de mim fica tranqüila imaginando que ela apenas está muito ocupada gerindo todos os bens da família, mas uma ponta de preocupação corre em meu coração todas as noites. Penso em um dia visitá-la, a estrada me atrai muito, penso nos bons dias que passei com Lucca e no quanto aprendi naquele tempo.
Meu soldo é o suficiente para manter-me sem grande preocupação, até tenho também um dinheiro guardado pra esta viagem, apenas não sei quando ou se um dia ela chegará.


Nome: Antenorion Suzey Dupar Segundo
Raça: Humana
Classe: Feiticeiro
Origem: Halruaa – Halarahh
Idade: 20 anos
Cabelos: Negros / Olhos: Castanhos Claros
Cicatriz de fogo cobrindo quase todo o lado esquerdo do corto, do queixo até a coxa.
Tatuagem de um dragão no braço direito, com as asas cobrindo parte do peito e a outra asa cobrindo as costas e a boca do dragão acaba aberta no pescoço.
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 170
Data de inscrição : 02/01/2012
Idade : 43
Localização : Campo Grande MS

https://rrpg.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos